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Ciência

Fazer omeletes sem ovos. O futuro da alimentação tem uma mão portuguesa

Redação
Last updated: 21 Setembro, 2018 10:00
Redação
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Another Pint Please / Flickr

Uma refeição de ovos Benedict, prato tradicional americano

Há quem lhe chame carne artificial, carne celular ou até carne de laboratório, mas a verdade é que este tipo de carnes sintetizadas estão cada vez mais perto de se tornarem uma realidade na nossa mesa. E a culpa pode ser de um português e de uma startup americana que já faz ovos sem…ovos.

Feita a partir de uma amostra de células de músculo do frango, extraídas sem sofrimento para o animal, este tipo de carnes são produzidos de forma sustentável e podem ser o futuro da alimentação.

Para já, os protótipos criados são uma “pasta celular“, com um aspeto semelhante ao da carne picada, que pode ser usada para confecionar hambúrgueres, nuggets ou tacos.

“Provei os protótipos de frango, que vamos lançar até ao final do ano. As células foram cozinhadas numa frigideira, sem qualquer tempero e foi incrível. Cheiram e sabem a frango“, contou ao DN Vítor Espírito Santo, engenheiro biomédico português e coordenador do departamento de agricultura celular no projeto “clean meat” da startup americana Just.

Muito em breve, segundo contou o engenheiro, estes produtos que agora se testam poderão chegar, numa escala reduzida, ao consumidor e à nossa mesa.

“Temos contratos de exclusividade com restaurantes com estrela Michelin, onde deverão ser lançados até ao final do ano”, revelou.

Apesar de o valor de produção do alimento de laboratório ainda não ter atingido o preço pretendido, a startup americana espera que possa vir a ser semelhante ao da carne convencional encontrada nos supermercado.

Vítor Espírito Santo, de 33 anos e natural de Braga, trabalhava na área da imunoterapia para o cancro em Inglaterra quando, num congresso em Haia, a empresa americana o abordou. “Interessei-me pelo tema, achei que podia contribuir de forma bastante ativa para este objetivo. Achei a missão incrível”, revelou.

A missão, como o próprio explica, é “criar alternativas [à carne e ao peixe] altamente nutritivas, saborosas, acessíveis e produzidas com ingredientes mais sustentáveis”.  Tudo isto porque “o impacto ambiental da produção de carne é insustentável a médio prazo“, defendeu.

Atualmente, a área mundial ocupada pelas pastagens, a água consumida, o uso de energia e a emissão de gases com efeitos de estufa contribuem em grande medida para a insustentabilidade do setor e com o aumento da população mundial, torna-se urgente “produzir estes produtos de forma mais sustentável”.

A Just, que já produz maionese e ovos sem a utilização de ovos, também já criou os protótipos de carne de frango e pato, existindo outras carnes em investigação nos laboratórios.

O processo é iniciado com um isolamento de células do animal, sem o sacrificar. “É como uma biopsia, na qual se recolhe um pouco de material e podemos trabalhar com um músculo ou com outra parte”, explica o engenheiro envolvido no projeto.

No laboratório, a equipa mantém as células recolhidas vivas numa cultura, garantindo a sua proliferação. O objetivo, segundo conta Vítor Espírito Santo, é chegar a uma produção massificada das células.

O meio de cultura das células é uma espécie de “sopa de nutrientes” para as células recolhidas. Contém proteínas, vitaminas e açúcares – todos os nutrientes de que necessitam e que estão habituadas a ter no corpo do animal.

Mantidas numa incubadora que imita as condições fisiológicas do animal, como a temperatura e o nível de oxigénio, estas células ficam nas condições mais apropriadas para proliferarem.

Produção em Escala

Para dar resposta às necessidades do mercado, a empresa quer passar à produção em escala e um dos desafios apresentados passa por otimizar o meio de cultura que, até ao momento, tem tornado este tipo de carne sintetizada pouco acessível para o consumidor.

“No meio de cultura típico da clean meat, há muitas proteínas de origem animal, que são caras e muitas são obtidas de maneira pouco ética, como o soro de bovino”, afirmou Vítor Espírito Santo, acrescentando que o objetivo é deixar de as usar.

Com esse objetivo em visto, a empresa americana tem tentado substituir a proteína animal por proteínas vegetais – uma tarefa facilitada pelo trabalho que a empresa tem desenvolvido desde a sua fundação em 2011.

“Fui contratado para desenvolver o programa, para expandir o número de espécies com as quais se trabalha – desde vaca, porco, galinha -, mas também para tornar a estratégia economicamente viável”, contou o engenheiro.

“A próxima missão será chegar à textura de um bife ou de um peito de frango, atribuindo ao produto uma estrutura tridimensional mais complexa”.

Uma das outras vantagens apontadas pelo engenheiro bracarense é a inexistência de contaminações na carne e de antibióticos ou hormonas. Com o trabalho realizado dentro de um laboratório esterilizado, a carne é “clean meat”, tal como Vítor a anuncia.

Neste momento, a Just concentra-se no cultivo de células de um tipo mas, no futuro, a intenção será a de conseguir fazer várias combinações com diferentes percentagens de músculo e de gordura.

O Mercado

Vítor Espírito Santos diz que será expectável o “crescimento progressivo de consumidores” e mesmo que, por questões culturais, Portugal seja um mercado resistente a este tipo de mudanças, há muitos países com maior abertura.

“Haverá vegetarianos que não vão aderir por considerarem que é proteína animal, mas há outros que dizem estar confortável com este tipo de proteína porque não envolve questões éticas de sacrifício animal e é segura”, revela.

Porém, esta empresa não é a única a trabalhar na produção de carne sintetizada. A empresa holandesa Mosa Meat, tem previsto para 2021 a entrada dos seus hambúrgueres de laboratório nos restaurantes.

Segundo Vítor Espírito Santo, a Just, antigamente conhecida por Humpton Creek, é a empresa mais antiga da área e a melhor colocada num mercado que considera ter “espaço para todos”.

TAGGED:alimentaçãoCiência & SaúdeDestaqueLaboratório
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