Um grupo de especialistas estabeleceu (finalmente) a identidade do corpo da misteriosa mulher encontrada em 2011 num terreno baldio em Queens, na cidade norte-americana de Nova Iorque.
Na época, o corpo mumificado foi encontrado num terreno baldio da cidade e, os cientistas acreditavam que se tratava de um homicídio recente. No entanto, as novas análise revelaram que o mistério é bem mais antigo.
O cadáver da mulher afro-americana foi encontrado de forma inesperada há sete anos por trabalhadores da construção civil. O corpo mumificado tinha vestido uma camisola e umas meias brancas. À sua volta, foram também encontrados restos de um caixão de ferro que acabou por ser esmagado pelas máquinas que trabalhavam na obra.
O caixão de ferro era tão hermético que fez com que o corpo permanecesse quase perfeitamente intacto, ao ponto de parecer que a mulher tinha morrido há poucos dias.
O estado de conservação do corpo levou os especialistas a acreditar que se tratava de um assassinato recente. “Um corpo enterrado num terreno baldio parece ser bastante direto”, disse um especialista forense de Nova Iorque, Scott Warnasch.
No entanto, uma investigação recente veio provar o contrário. As análises conduzidas identificaram o corpo como Martha Peterson, uma mulher que nasceu várias décadas antes da Guerra Civil Americana (1961-1865) – ou seja, em meados do século XIX.
“A mulher parecia estar morta há cerca de uma semana, mas tinham passado 160 anos” disse Scott Warnasch citado pelo Live Science.
Acredita-se que Martha tenha trabalhado para um homem branco no local e terá morrido, provavelmente, da varíola em meados de 1851. Depois da sua morte, acreditam os cientistas, a mulher terá sido sepultada sob o terreno de uma igreja que terá sido fundada em 1830 pela primeira geração livre de afro-americanos.
Os investigadores conseguiram ainda recrear o seu rosto. Em breve, estas descobertas serão apresentadas num documentário intitulado “A mulher do caixão de ferro”.