Uma equipa de cientistas da Universidade de Adelaide e da Universidade de Stuttgart utilizou a microimpressão 3D para desenvolver a mais pequena tecnologia flexível do mundo para observar os vasos sanguíneos.
Uma equipa de investigadores australianos e alemães desenvolveu o mais pequeno dispositivo de imagem do mundo, com a espessura de um cabelo humano. Esta invenção é capaz de viajar pelos vasos sanguíneos, analisando em 3D o corpo em resoluções microscópicas.
A nova sonda ótica possui uma pequena lente 3D na lateral, o que lhe permite chegar a locais de difícil acesso no corpo. O artigo científico foi publicado no dia 20 de julho na Light Science & Applications.
Para construir este “endoscópio em miniatura”, os cientistas utilizaram uma fina fibra ótica, com um diâmetro inferior a meio milímetro. A equipa usou também uma técnica de micro-impressão 3D para imprimir uma lente muito pequena, com um diâmetro inferior a 0,13 mm, demasiado pequeno para ser visto a olho nu.
De acordo com o EurekAlert, a fibra ótima foi conectada a um scanner de tomografia de coerência óptica (OCT) como uma sonda flexível. A OCT é uma tecnologia de digitalização sensível à profundidade 3D, muito usada para mapear a retina na oftalmologia, através de luz infravermelha que penetra nos tecidos para criar imagens 3D.
A sonda ultrafina é capaz de se mover para criar um mapa 3D a uma profundidade de cerca de meio milímetro abaixo da superfície. Este instrumento pode, assim, analisar o sistema vascular e procurar placas, colesterol, gorduras e outras substâncias, que tendem a acumular-se nas paredes dos vasos sanguíneos, causando doenças cardíacas.
Tanto em humanos como em cobaias, as experiências foram bem sucedidas: segundo a equipa, a lente permite obter uma imagem cinco vezes mais profunda do que as tentativas anteriores.
Os cientistas estão convictos de que esta pequena sonda pode abrir novas opções de digitalização em locais de difícil acesso – e, até, partes do sistema nervoso.