As bactérias são os primeiros seres vivos que colonizam e geram novos ecossistemas, como os resultados de uma erupção vulcânica, o retrocesso das geleiras e o intestino de um bebé.
Segundo explicou Rüdiger Ortiz, investigador do espanhol Centro de Estudos Avançados de Blanes (CEAB-CSIC) e primeiro autor do estudo, as bactérias são a base de todo ecossistema, estão presentes em todo o planeta e sobrevivem em qualquer ambiente. Inclusive há habitats nos quais só elas podem viver.
São os primeiros seres vivos a chegar e os únicos capazes de preparar um ambiente desabitado para facilitar a chegada de outras espécies.
Segundo Ortiz, poder compreender as mudanças de uma comunidade microbiana, ou microbioma, e o papel que têm no futuro do ecossistema pode ajudar a restaurar e conservar habitats, a entender a dinâmica das bactérias que habitam o nosso sistema digestivo e prever a colonização de outros planetas.
Esta compreensão é o que estudou a equipa de microbiólogos do CEAB-CSIC, a primeira que faz isso de forma quantitativa e comparando uma grande diversidade de habitats e microbiomas, através do sequenciamento em massa do ADN.
O trabalho, publicado em fevereiro na revista “The ISME Journal”, demonstrou que as comunidades microbianas de um habitat tendem a parecer-se entre si e que, independentemente do ambiente que se estude, evoluem seguindo o mesmo padrão natural.
Fonte: ZAP