Fevereiro foi um mês de precipitação escassa, com temperaturas bastante acima da média para o período invernal, marcado por grande amplitude térmica com dias amenos próximos dos 20 graus centígrados e noites frias abaixo dos 10 graus. Contudo, fevereiro se despediu com o céu carregado de nuvens um panorama cinzento e húmido na generalidade de todo o Tâmega e Sousa.
O tempo em março arrancou mais fresco, húmido e ventoso, a coincidir com o início da primavera climatológica (1 de março), que é diferente da primavera astronómica, que começa a 21 de março .
O tempo mais húmido que temos visto nos primeiros dias do mês resulta de perturbações frontais associadas à depressão Jorge, que no entanto, não está a afectar directamente Portugal continental.
O que esperar do tempo em março
Os meteorologistas da Meteored afirmaram em comunicado que os meses de março e abril são cercados de grande incerteza, sendo qualquer previsão para um período maior que 5 dias cercada de imprecisão. O modelo europeu ECMWF indica que teremos um arranque de março de tempo variável, com alguma instabilidade associada, vai persistir devido às sucessivas ondulações da corrente de jato (jet stream) e ao enfraquecimento do anticiclone, que permite a penetração em território nacional de depressões ou restos de depressões com maior intensidade a nível meteorológico.
Estima que a primeira semana de março registe temperaturas dentro do normal em todo o país, excepto para a região Sul (anomalia positiva 0 ºC a 3 ºC) onde estarão acima da média.
Quanto à precipitação, vamos registar valores acima da média na região Norte, que inclui o Tâmega e Sousa (anomalia positiva de 10 a 60 mm) e dentro da média na região Centro.
Já a partir do dia 9 de março, as previsões a longo prazo do ECMWF revelam um cenário de temperaturas acima da média em todo o país, e de precipitação escassa, semelhante ao panorama meteorológico que tivemos em fevereiro, resultante, provavelmente, do fortalecimento do anticiclone dos Açores.