Entre 2014 e 2017 prescreveram 22 milhões de euros em multas. Só nos primeiros cinco meses deste ano, a “fatura” da CP já vai em 734 mil euros.
Segundo o Diário de Notícias, nos cinco primeiros meses deste ano, a CP já conta com 734 mil euros em coimas não pagas sendo que, entre 2014 e 2017, prescreveram 22 milhões em multas. A média é de cinco milhões e meio de euros por ano.
Tratam-se de 12 mil multas de um total de 15 mil, com três mil deste número a terem sido pagas de forma voluntária. Questionada pelo jornal, a empresa recusou-se a dizer qual é o valor das multas passadas antes de 2018 que ainda não prescreveram.
Relativamente à estimativa que faz da média de viagens “fraudulentas” e dos passageiros sem bilhete, a CP indica ao DN que, entre janeiro e maio de 2018, “transportou nos seus serviços cerca de 50 milhões de passageiros, tendo a percentagem de multas emitidas correspondido a 0,03%“.
Além disso, adianta que, neste período, considerando a totalidade das fiscalizações efetuadas, versus as coimas emitidas, a taxa relativa ao número de viagens efetuadas sem título de transporte válido corresponde a cerca de 11%“.
Recorde-se que, esta semana, o mesmo jornal já tinha avançado que há passageiros que circulam nos Intercidades sem pagar bilhete, sobretudo nas viagens entre Lisboa e Faro, por problemas de cobrança a bordo.
Numa altura em que se fala do eventual “colapso da CP”, o DN também tentou perceber a existência de várias entidades com as quais a CP protocolou descontos, no entanto, a empresa preferiu dar uma resposta vaga.
“No que concerne aos Protocolos estabelecidos, a CP tem uma atividade transversal que se estende ao longo de toda a rede ferroviária nacional e, de uma forma proativa, continua a assegurar Protocolos que traduzem parcerias, permitindo incrementar o seu volume de negócios, com base em critérios económicos e de rendibilidade de que resultam vantagens recíprocas para a Empresa e seus Parceiros. Na assinatura de Protocolos, está sempre presente uma estratégia de segmentação, target e posicionamento e o conceito de valor para as partes envolvidas”.
A CP foi obrigada a reformular os horários neste mês de agosto, ou seja, passando inevitavelmente por uma redução da oferta, com menos comboios em praticamente todas as linhas e serviços.
Em causa está o facto de as viaturas estarem avariados ou em muito mau estado, tendo de substituir alguns comboios por autocarros e, noutras situações, por outros comboios de categoria inferior.
Esta terça-feira, a imprensa nacional avançou que a administração está de saída e que a tutela já estará à procura de uma nova equipa para substituir Carlos Nogueira, Abrantes Machado e Ana Malhó.
Fonte: ZAP