No pretérito dia vinte e cinco (25) celebraram-se em Castelo de Paiva dois aniversários relevantes, os quarenta e quatro anos da revolução de Abril, Aurora de democracia, liberdade para o Povo Português, também os trinta e um anos dos jogos desportivos de Castelo de Paiva.
Com pouca convicção ouviu-se dizer “estão abertos os trigésimos segundos jogos desportivos” foi/ é pena não termos sentido mais entusiasmo acerca do nascido a 25 de abril de 1987, um movimento transformador,aglutinador,com raízes que perduram.
Há quem não tenha absorvido na totalidade a revolução operada, outros, viveram o momento de forma fugaz, e volta e meia surgem com saudade de algo que não se lhes entranhou.
Porque se tratou dum acto revolucionário pôr Castelo de Paiva, a viver de 25 de abril a 28 de junho interessada num movimento frenético, atletismo,ciclismo, futebol, alavancado por interesses semelhantes aos do olimpismo de Pierre de Coubertin.
Hoje quando leio críticas aos jogos coloco duas questões
Os jogos estão esgotados, fizeram o seu percurso?
Quem tem saudades dos primeiros conhece a sua génese?
A história está prenhe de revolucionários (re)convertidos ao sistema, Castelo de Paiva, muito teria a beneficiar se uns quantos guardassem as energias gastas nas lamentações e as projectassem para o positivismo das acções, alimentando a revolução desportiva e cultural desta terra trabalhando com as competências que no entretanto foram adquirindo.
Ser-se revolucionário não é ir em busca de reconhecimento para si próprio, ser revolucionário é acreditar em ideais e brigar por eles.