Frank Carlucci, morreu!
Carlucci e Álvaro Cunhal, são,seguramente peças chave da história de Abril dos cravos.
Álvaro Cunhal, Senhor de grandes méritos, intelectual político, pintor, escritor, oriundo de família abastada mas que abraçou o Socialismo.
Preso, torturado, pelo regime fascista Cunhal,viu-se forçado ao exílio, situação desconfortante para quem amava o seu País,o Povo de Portugal.
Com o 25 de Abril Álvaro Cunhal, teve o ensejo de regressar à Pátria, Pátria livre, tendo sido recebido apoteoticamente. O Povo na rua vitoriava o MFA dava vivas ao socialismo, em suma; inquietava franjas poderosas dentro de Portugal, fora do País sucediam-se as reuniões, adivinhava-se a instalação em Portugal de um regime simpático para a União Soviética.
Os Estados Unidos da América, sentiram a possibilidade da balança desequilibrar a favor da URSS, um país como Portugal,segundo o conceito americano, não poderia desalinhar totalmente do capitalismo, havia que travar o ímpeto Português. A Casa Branca, pressionou Franco a agir, Franco por si receoso, ainda não totalmente refeito da guerra civil Espanhola, hesitou, aqui os Estados Unidos, colocam na sua embaixada em Lisboa, Frank Carlucci, astuto, com conhecimentos de espionagem de tôpo. Em pouco tempo Carlucci, percebeu não ser necessário ir a extremos, sacrificar vidas desnecessariamente, porque o líder dos comunistas,Álvaro Cunhal, conhecedor de que o Povo Português, não possuía cultura política suficiente para resistir a um bloqueio ( tipo Cuba) não iria reivindicar o poder.
Álvaro Cunhal, viu-se reconhecido como patriota, herói nacional, aquando do seu funeral!
Frank Carlucci, agora falecido, foi um defensor dos interesses americanos no mundo, fez, bem, o seu papel, resta saber-se o que seria Portugal se não tivesse sofrido a ingerência internacional.
Manuel Vieira
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