O Presidente da Câmara de Pedrógão Grande reagiu às suspeitas de fraude na reconstrução das casas, apontando que se trata de uma “investigação encomendada” fruto de “má-fé” e “inveja”.
“Os meus inimigos não conseguem digerir a situação de terem perdido as eleições e isto, portanto, é tudo denúncias de má-fé”, disse Valdemar Alves em declarações à SIC.
“Foi efetivamente uma peça de trabalho jornalístico encomendada, porque quem lê a parte final, em que se referem à minha pessoa e a outras pessoas, vê-se exatamente que é uma encomenda”, continuou.
O autarca foi ainda mais longe, apontando que as denúncias são fruto da “inveja também daquelas pessoas que falam, mas que não dão a cara”, acrescentando que essas pessoas “gostariam que as suas casas tivessem ardido para terem agora uma casa nova e também de outras pessoas que, efetivamente, estão invejosas do trabalho que foi feito pelo Governo, pela Câmara Municipal e pelo Fundo Revita”.
Apesar de não ter recebido qualquer denúncia sobre as irrregularidades noticiadas, o Fundo Revita anunciou que vai rever todos os processos associados à reconstrução das casas atingidas.
De acordo com os últimos dados do Fundo Revita, estão já concluídos os trabalhos de reconstrução de 160 das 261 casas de primeira habitação afetadas pelos incêndios de junho de 2017, pelo que se encontram ainda em obras 101 habitações.
Também na quinta-feira e na sequência das denúncias, o Ministério Público abriu um um inquérito para investigar as alegadas irregularidades.
A revista Visão denunciou na sua edição desta quinta-feira que cerca de meio milhão de euros de donativos destinados à reconstrução de casas de primeira habitação terão sido desviados para casas não prioritárias e obras não urgentes. A irregularidade tinha como base a alteração da morada fiscal após os incêndios que assolaram Pedrogão Grande.
Fonte: ZAP