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As ligações do PAN ao grupo Intervenção e Resgate Animal (IRA), que está a ser investigado por crimes de terrorismo e assalto à mão armada, estão também debaixo de olho das autoridades, em especial o papel da Chefe de Gabinete do partido, Cristina Rodrigues.
Cristina Rodrigues, membro da comissão política e Chefe de Gabinete do PAN, é suspeita de pertencer ao grupo de defesa dos animais, que colocará em marcha acções violentas, com ameaças de morte e uso de armas.
Uma reportagem da TVI avança que o Intervenção e Resgate Animal (IRA) actua com elementos encapuçados, sob o pretexto de resgatar animais maltratados, roubando-os, perseguindo os donos com armas e ameaçando quem lhes faz frente.
O IRA estará a ser investigado pela Unidade de Contraterrorismo da Polícia Judiciária e pelo Ministério Público, havendo suspeitas de ligações do grupo ao PAN.
As autoridades suspeitam que Cristina Rodrigues é uma das encapuçadas do grupo que surge num vídeo a dizer que “era excelente que as entidades competentes dessem o exemplo” e “só no caso de tudo isto falhar é que o IRA entra”.
Na reportagem da TVI, Cristina Rodrigues não nega que faça parte do IRA, recusando-se a falar do assunto. “Enquanto advogada estou sujeita a sigilo profissional e não poderei revelar nada que possa comprometer esse sigilo”, referiu.
A dirigente do PAN, que foi candidata do partido à Câmara Municipal de Sintra, assume que trata de questões judiciais em nome do IRA, nomeadamente assinando procurações no âmbito das denúncias feitas contra algumas das alegadas vítimas do grupo.
“Ajudo pro bono algumas associações, sendo esta associação uma delas”, assumiu Cristina Rodrigues na reportagem, notando que “as queixas são feitas em nome do IRA” ou com uma “procuração assinada em [seu] nome”.
A TVI apurou ainda que foi Cristina Rodrigues quem tratou da ida do IRA à Assembleia da República para um encontro com o deputado do PAN, André Silva.
A reportagem do canal deixa antever que o próprio André Silva estaria a par das acções violentas do grupo, mas este nega que assim seja. Todavia, a dado momento, o deputado faz, de certa forma, a defesa do IRA, realçando que “não recebem qualquer tipo de dinheiro”, nem “nunca pedem qualquer tipo de dinheiro”.
André Silva assegura, contudo que o PAN não tem “qualquer tipo de relação” com o IRA.
Numa reacção à reportagem da TVI, o IRA publicou no seu perfil do Facebook uma nota onde refere que a peça “foi construída por amadores, crianças”, e que “visa denegrir a imagem e o trabalho de todas as entidades envolvidas”.
“Agora os homens e mulheres que juraram defender os direitos dos animais e a Constituição da República irão desconstruir esta cabala, peça por peça”, promete ainda o grupo.
Noutra publicação no Facebook, os elementos do IRA apontam que não tendo “filiação política”, depois da reportagem vão passar a apoiar e a partilhar as “intervenções do PAN”.
“Este claro ataque ao PAN, utilizando-nos e denegrindo-nos para posteriormente nos tentarem arremessar com contornos políticos gravíssimos, certamente se deverá aos feitos contra a Tauromaquia recentes”, afirmam também.
Esta referência tem por base a discussão política em torno da descida do IVA para as touradas.
SV, ZAP //
Fonte: ZAP