A NASA vai dar mais um “pequeno passo para o homem, mas um grande passo para a humanidade” ao enviar um foguetão construído apenas com peças 3D à Lua.
No próximo ano, a NASA vai dar mais um importante (e intrigante) passo na exploração espacial, lançando a nave espacial Orion numa viagem à volta da Lua. Esta será a primeira vez que uma nave espacial é construída com peças impressas em 3D, marcando o início de um conjunto de missões lunares que a agência quer conduzir nos próximos anos, bem como vasculhar outros destinos utilizando este recurso, incluindo Marte.
A missão de exploração 1 (EM-1) vai enviar a Orion num módulo não-tripulado, e a jornada irá durar três semanas à volta do satélite natural da Terra, segundo a CNBC.
As peças impressas em 3D que compõem a Orion foram projetadas em conjunto com a Lockheed Martin, a Stratasys e a Phoenix Analysis & Design Technologies. A parceria resultou em mais de 100 peças certificadas, as quais foram usadas na construção da nave espacial e, por tabela, autorizadas para uso em espaço exterior – ou espaço profundo, uma definição atribuída ao universo físico além da atmosfera da Terra.
O vice-presidente da Stratasys Strategic Consulting, Phil Reeves, disse esta terça-feira que, devido à tecnologia, o custo e a complexidade dos componentes prontos para uso no espaço estão a cair.
Reeves acrescentou ainda que as 100 peças utilizadas na construção da Orion podem substituir 500 ou 600 partes, uma vez que a impressão em 3D pode ser usada para construir formas geométricas mais complexas.
Um dos exemplos dados pelo vice-presidente destaca a estação de ancoragem da Orion. A peça, que anteriormente seria bastante complexa, agora consistirá em apenas seis componentes individuais impressos juntos em 3D.
Reeves ainda comenta que o orçamento foi poupado em cerca de 50% com as peças tridimensionais fornecidas em comparação com o material que usado anteriormente, como o metal revestido, por exemplo.
Além disso, outro recurso indispensável dos novos materiais é a capacidade de dissipar a estática, uma vez que a acumulação de carga elétrica é um problema nas missões espaciais, aumentando o risco de fritar os eletrónicos ou de até surgirem perigosas faíscas dentro de alguma embarcação.
Por fim, existe a possibilidade de que as impressoras 3D possam fornecer um novo tipo de plástico que, de acordo com os esperançosos executivos da Stratasys, poderá ser usado futuramente noutras indústrias além da espacial, tais como a aviação civil e/ou até mesmo na área de eletrónicos e no segmento de embalagens.
Fonte: ZAP