Há várias manifestações de interesse na aquisição da participação de Isabel dos Santos na Efacec. Para já, ainda não é conhecida a decisão da empresária, que detém 67,2% da empresa nortenha.
O Público avança, este sábado, que têm chegado à Efacec várias manifestações de interesse na aquisição da participação de controlo detida pela empresária Isabel dos Santos. Uma delas está a ser feita por um sindicato bancário, financiador da empresa, e envolve a conversão de crédito em capital.
Ao que o diário apurou, a solução está a ser apresentada por cinco bancos – entre os quais o BCP, o Novo Banco e a Caixa Geral de Depósitos – e envolve a constituição de um veículo que reunirá as participações que, em resultado da conversão de dívidas em capital, corresponder a cada instituição.
Este mecanismo tem um objetivo imediato que é o de desbloquear a gestão da empresa. Ainda assim, a “compra” da participação acionista por parte dos bancos tem carácter temporário. A intenção é alienar, em condições de maior estabilidade, essa posição a um investidor que garanta a continuidade e crescimento da empresa.
No entanto, o planos dos bancos terá de receber a concordância da empresária, que ainda não se pronunciou sobre o assunto. O Público questionou o BCP, a CGD e o Novo Banco sobre a fase em que se encontram as negociações, mas as três instituições nada adiantaram.
Desta forma, face ao não esclarecimento da situação, não se sabe se a conversão de créditos em capital também envolve empréstimos diretos à empresária angolana, e não apenas à Efacec.
A administração da Efacec também não revela em que fase está o processo de venda da participação de Isabel dos Santos. “O conselho de administração da Efacec está activamente empenhado e a trabalhar em plena colaboração com todas as partes envolvidas para a concretização do processo de reconfiguração da estrutura accionista do grupo Efacec”, adiantou ao matutino.
Além dos 67,2% de Isabel dos Santos, o restante capital da empresa é repartido por dois acionistas, a Têxtil Manuel Gonçalves e o grupo José de Mello, através da MGI Capital.
Fonte: ZAP