A Autoridade Tributária (AT) distribuiu 516 milhões de euros em prémios aos trabalhadores desde 2012. Estas verbas visam distinguir o desempenho dos colaboradores e são atribuídas em função da posição de cada funcionário na hierarquia do Fisco.
Desde que foi criada, em 2012, com a junção de três organismos distintos, a AT já pagou 516 milhões de euros em prémios de desempenho aos seus funcionários. As contas foram feitas pelo Observador que atesta que só em 2018, o Fisco pagou 74 milhões de euros em abonos variáveis aos funcionários tributários e aduaneiros.
As verbas aos trabalhadores da AT são distribuídas pelo Conselho de Administração do Fundo de Estabilização Tributária (FET) e decididas em função das respectivas posições na estrutura do Fisco.
O prémio para dirigentes situa-se nos 42% e abarcou 293 pessoas em 2018. Para as chefias, que eram 1246 no ano passado, foi de 35%, enquanto os restantes 9476 funcionários receberam 30%. Estas percentagens respeitam aos 12 meses de salário e não abrangem a totalidade do vencimento base, segundo o Observador.
O FET é “alimentado” com uma parte da cobrança coerciva de impostos e os prémios são pagos a todos os funcionários do Fisco, mesmo àqueles que não estão directamente em funções de cobrança.
Segundo contas do Jornal de Negócios, os prémios pagos pela AT garantiram, em 2018, cerca de 400 euros por mês a mais no salário dos funcionários. Este valor inclui as contribuições pagas para a Caixa Geral de Aposentações, para o IRS e para a ADSE.
No total, a AT custa cerca de 600 milhões de euros, mas arrecada à roda de 44 mil milhões de euros em impostos, como destaca o Observador, notando que dos 11 mil funcionários da entidade 5 mil estão perto da aposentação e apenas 5 têm menos de 30 anos.
Fonte: ZAP