Um hospital italiano da cidade de Brescia ficou sem equipamentos médicos durante a pandemia de coronavírus. Um dos problemas mais graves era uma pequena válvula de plástico de um equipamento de terapia intensiva. Foi quando entraram em contato com o empresário Massimo Temporelli, propondo-o o desafio de produzir essa válvula em impressoras 3D com baixo custo.
Massimo encontrou o engenheiro Christian Fracassi, que levou uma impressora para o hospital e em poucas horas desenhou e começou a produzir as válvulas teste. Em pouco tempo, os testes se mostraram bem-sucedidos e dez pacientes passaram a usar o sistema com as válvulas novas.
O sucesso da iniciativa chamou muita atenção e vários hospitais pelo mundo poderiam usar a mesma solução. Pelo processo tradicional, produzir e entregar peças novas pode levar semanas. Para além disto, a China —que produz quase tudo que é feito no mundo— ainda enfrenta problemas graves de produção.
Não é a primeira vez que makers se juntam para criar equipamentos médicos. Em 2015, o médico humanitário Tarek Loubani criou um projeto aberto (que pode ser copiado ou alterado sem pagamento de direitos) para criar um estetoscópio barato, produzido com materiais simples e uma impressora 3D. Sua solução custa cerca de US$ 3 e tem performance superior a concorrentes de US$ 200 produzidos por grandes corporações.