A greve geral nacional dos funcionários judiciais, esta quarta-feira, coincide com a audição no parlamento da ministra da Justiça sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2019.
Em causa estão, entre outras, reivindicações relacionadas com a revisão da carreira, aprovação de um estatuto digno, promoções congeladas, falta de funcionários, vencimentos congelados há mais de 10 anos, falta de formação, trabalho além do horário sem compensação.
A greve nacional, convocada pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais, abrange todas as comarcas e todos os oficiais de justiça, inclusive os que se encontram em comissão de serviço no Ministério da Justiça, Direção-geral da Administração da Justiça, Instituto de Gestão Financeira e das Infraestruturas da Justiça, Conselho de Oficiais de Justiça, Conselho Superior da Magistratura, Conselho Superior do Ministério Público, Procuradoria-geral da República e outros organismos do Estado.
Também hoje, o sindicato tem marcada uma vigília às 15h00 junto à Assembleia da República numa altura em que a ministra Francisca Van Dunem estará a ser ouvida pelos deputados, no âmbito da apreciação na especialidade da Proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2019, no que respeita ao Ministério da Justiça.
Os funcionários judiciais cumpriram já uma série de greves que têm vindo a perturbar o normal funcionamento dos tribunais, incluindo julgamentos e inquirição de arguidos.
Defendem que o Ministério da Justiça se mantém numa postura altiva e de silêncio. Esta atitude demonstra desconsideração pelos Oficiais de Justiça, que têm contribuído para a melhoria do sistema de Justiça.
Fonte: ZAP