Melchior Moreira, deu uma entrevista exclusiva ao Jornal Paivense acerca do turismo rural, bem como dos pontos fortes da região de Castelo de Paiva como destino para os turistas.
Nessa perspetiva, Melchior Moreira, Presidente do Turismo do Porto e Norte afirmou que “Castelo de Paiva possui recursos valiosíssimos” à semelhança de toda a região Norte. O destaque do presidente do TPNP foi dado ao património natural da região, nomeadamente as “Montanhas Mágicas, território que inclui as serras da Freita, Arada, Arestal e do Montemuro”.
Para Melchior Moreira, Castelo de Paiva representa, também, uma potência em termos económicos, já que o “território contém uma reserva estratégica do ‘capital genético’ português e do Norte de Portugal e que compreende a sua sensibilidade”.
Estes foram alguns dos pontos mais salientes da entrevista de Melchior, embora hajam outros com relevância semelhante:
Entrevista
Jornal Paivense: Considera que Castelo de Paiva é um bom ou mau local para se fazer turismo em Portugal? Porquê?
Melchior Moreira: Castelo de Paiva, à semelhança de toda a região possui recursos valiosíssimos. Destaco, a título de exemplo, o riquíssimo património natural e cultural das Montanhas Mágicas, território que inclui as serras da Freita, Arada, Arestal e do Montemuro. É uma área certificada como destino turístico sustentável desde novembro de 2013 e engloba quatro sítios da Rede Natura 2000 e um geoparque da UNESCO. Por conseguinte, é um espaço de valor reconhecido internacionalmente e que contém um elevado valor económico e turístico. Podemos afirmar, com total propriedade, que este território contém uma reserva estratégica do “capital genético” português e do Norte de Portugal e que compreende a sua sensibilidade, promovendo o seu desenvolvimento, também através do turismo, apoiado em pressupostos de sustentabilidade.
Também a Rota do Românico constitui um ativo valioso da oferta patrimonial. Esta rota congrega um espólio patrimonial disperso por 12 municípios do Norte de Portugal (supramunicipal), entre os quais Castelo de Paiva, e conecta-os, conferindo inteligibilidade e contextualização histórica e artística ao estilo românico e assegurando a espessura económica necessária para transformar esta oferta patrimonial em produto turístico. O programa de dois dias denominado “Escapada Românica – Penafiel | Paredes | Castelo de Paiva” ilustra bem a integração de Castelo de Paiva no destino e o elevado valor que lhe confere.
Jornal Paivense: O que poderia ser melhorado?
Melchior Moreira: Não direi que pode ser melhorado tendo em conta a excecionalidade do seu património, mas julgo que este pode e deve ser mais e melhor promovido. Nesse sentido, a título de exemplo, a TPNP conjuntamente com a ADRIMAG e os municípios de Arouca, Castelo de Paiva, Cinfães e Vale de Cambra, tem vindo a concertar ações que visam internacionalizar, designadamente, as Montanhas Mágicas. Muito recentemente, nos dias 15, 16 e 17 de dezembro, foi organizada uma press trip, com mais de 30 jornalistas e bloggers de viagens, portugueses e espanhóis. Ao longo destes três dias abrimos este espaço de excecional valor a um conjunto de profissionais de comunicação, especializados em viagens e turismo, levando-os à descoberta de alguns dos pontos mais simbólicos da Rota da Água e da Pedra.
Jornal Paivense: Quais são as medidas para 2018 para fomentar o desenvolvimento do turismo rural?
Melchior Moreira: Continuaremos a apostar em ações articuladas que permitam dar visibilidade aos nossos recursos e produtos de valor excecional em zonas de baixa densidade, proporcionando o nosso capital de conhecimento da rede de prescritores no mercado ibérico bem como o nosso aconselhamento aos agentes locais para que se franqueiem oportunidades económicas que possam dar expressão ao princípio de sustentabilidade que estes espaços definiram como vetor de desenvolvimento.