Um estudo recente, liderado pelo neurocientista Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, PhD, e com a colaboração do cientista e biólogo Henry Oh, mergulhou na complexidade da esclerose múltipla (EM), uma doença autoimune que afeta o cérebro, nervos ópticos e medula espinhal. A pesquisa, realizada no Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), em conjunto com o Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, foi publicada na revista científica “Ciência Latina Revista Científica Multidisciplinar”.
A esclerose múltipla é caracterizada pela desmielinização, um processo em que o sistema imunológico do corpo ataca a bainha de mielina, responsável por proteger as células nervosas e garantir a transmissão eficiente dos sinais nervosos. Essa desmielinização pode levar a uma série de sintomas debilitantes, como fadiga, dificuldades motoras, problemas de visão e comprometimento cognitivo.
O estudo, que se baseou em uma revisão abrangente da literatura científica disponível em bases de dados como SciELO, PubMed e Science Direct, investigou os mecanismos da doença e as opções de tratamento existentes. Os pesquisadores destacaram o papel crucial dos corticoides na redução da resposta imunológica e no alívio dos sintomas, bem como a importância da atividade física e de uma dieta rica em alimentos anti-inflamatórios e gorduras insaturadas para a melhora da qualidade de vida dos pacientes.
Além disso, o estudo abordou o potencial terapêutico do lítio, um elemento químico que tem demonstrado efeitos promissores na inibição de enzimas relacionadas à progressão da doença. No entanto, os autores enfatizam a necessidade de mais pesquisas para confirmar a eficácia do lítio e entender seus mecanismos de ação em pacientes com EM.
Essa pesquisa aprofunda a compreensão da esclerose múltipla e suas complexidades, abrindo caminho para o desenvolvimento de novas terapias e estratégias de tratamento que possam melhorar a vida dos pacientes e retardar a progressão da doença.