A ideia não é nova, uma vez que o conceito foi criado pela NASA nos anos 60. De acordo com o site da Air Protein, a NASA sugeriu que seria possível usar micróbios chamados hidrogenotróficos para criar um sistema de alimentação em circuito fechado para os astronautas no Espaço. Os astronautas respiravam dióxido de carbono que os micróbios podiam comer e convertiam-se em nutrientes que os astronautas podiam comer, iniciando o ciclo novamente.
Esta investigação nunca foi concretizada no Espaço. Agora, a Air Protein descobriu que poderia alimentar hidrogenotróficos com dióxido de carbono e outros nutrientes dentro de unidades de fermentação na Terra.
O resultado é um pó castanho que pode não se assemelhar – nem ter o sabor – exatamente a carne -, mas é rico em nutrientes e possui o mesmo perfil de aminoácidos da carne de animal.
De acordo com a empresa, o processo demora apenas alguns dias e pode ser uma alternativa amiga do ambiente à produção tradicional de carne. “O mundo está a adotar a carne à base de plantas”, disse Lisa Dyson, CEO da empresa, em comunicado. “Acreditamos que a carne à base de ar é a próxima evolução do movimento de alimentos produzidos de forma sustentável que servirá como uma das soluções alimentar uma população crescente sem pressionar os recursos naturais”.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, a agricultura animal é responsável por mais emissões de gases de efeito estufa do que todo o setor de transporte global.
Por outro lado, muitos dos produtos à base de plantas, vistos como alternativas à agricultura animal, dependem da soja ou de outras plantas, que geralmente contribuem para a desflorestação.
A criação de carne a partir de micróbios e ar significa que não é necessário usar pesticidas e que os alimentos podem ser produzidos em questão de horas.