Nuno Fox / Lusa
O ministro das Finanças, Mário Centeno
Uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) concluiu que o organismo que gere a informação sobre os recursos humanos do Estado não sabe ao certo o número de funcionários públicos.
Segundo uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) ao Sistema de Informação da Organização do Estado (SIOE), a Direção-Geral da Administração e Emprego Público (DGAEP) não sabe ao certo quantos funcionários públicos existem nem quanto ganham.
O Jornal de Negócios avança esta quinta-feira que este relatório surge num momento particularmente sensível para o Governo de António Costa, isto porque ainda está a decorrer o processo de integração dos precários do Estado nos quadros – o PREVPAP.
“O SIOE não disponibiliza a informação necessária à completa e adequada caracterização dos recursos humanos da Administração Pública”, lê-se no resumo das conclusões, dado que o documento integral ainda não é público.
O documento adianta ainda que “o SIOE não dispõe de informação suficiente por forma a caracterizar adequadamente os recursos humanos da AP (v.g. número de funcionários públicos existentes, remunerações, avaliações e qualificações, horas trabalhadas e distribuição nas carreiras), manifestando ainda obsolescência funcional”.
Ao Negócios, o Ministério das Finanças afirmou que a informação recolhida no SIOE “possui caráter genérico e é recolhida de forma agregada, dependendo a sua atualização do carregamento trimestral por cada uma das entidades abrangidas”.
Por esse motivo, “estão já em curso trabalhos no sentido de proceder à reforma e robustecimento do sistema de informação atualmente existente e à alteração da estrutura da informação de caracterização das entidades públicas e dos seus recursos humanos”.
O objetivo, acrescenta, é “obter dados mais ricos, que potenciem e fundamentem a elaboração de análises estatísticas e de estudos técnicos, contribuindo para uma melhoria substancial nos dados para suporte à decisão e definição das políticas públicas“.
Fonte: ZAP