Os Estados Unidos tornaram-se nesta quinta-feira o país com maior número de infecções pelo novo coronavírus – 82.404, na contabilidade da Universidade Johns Hopkins –, mais que ao 81.782 da China ou 80.589 de Itália. Nova Iorque e Nova Orleans são zonas de grande expansão do vírus, onde o número de hospitalizações está a disparar e há grandes faltas de material médico e espaço de internamento.
Pelo menos 1178 pessoas morreram já de covid-19 nos Estados Unidos, sobretudo idosos com doenças crónicas, de acordo com uma análise feita pela Reuters aos números divulgados pelas autoridades de saúde estaduais.
“Todos os cenários realistas prevêem que as capacidades do sistema de saúde vão ser ultrapassadas”, disse o governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo. “O número de ventiladores que vão ser necessários é astronómico – e não é que os tenhamos propriamente em armazém”, afirmou.
Mas se Nova Iorque se tornou nesta semana o epicentro da pandemia nos EUA, a Louisiana pode ser o próximo. Acredita-se que os festejos do Mardi Gras (Carnaval) no mês passado foram o combustível da epidemia em Nova Orleães, a maior cidade deste estado do Sul.
O governador da Louisiana, John Bel Edwards, avisou que o seu estado, que tem 1800 infecções, incluindo 83 mortes, está a ficar rapidamente sem camas nem ventiladores.