O tapete rolante da estância de esqui da Serra da Estrela foi construído ilegalmente em 2015. Agora, foi chumbado pelo estudo de impacto ambiental.
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) chumbaram a construção do tapete rolante da Escola da Estância de Esqui na Serra da Estrela, gerida pela empresa que tem a concessão pública e exclusiva da exploração turística da Serra.
Segundo a TSF, o tapete rolante foi construído em 2015 de forma ilegal, antes do estudo. Agora, fonte oficial adianta à rádio que perante a declaração de impacto ambiental agora desfavorável o dono da obra está obrigado à remoção do tapete e à “reconstituição da situação anterior”, já tendo sido encaminhado o processo de contraordenação para a entidade competente no Ministério do Ambiente.
Datada de outubro, a declaração de impacto ambiental, consultada pela TSF, é clara a afirmar que a comissão de avaliação e o ICNF dão um parecer “desfavorável” devido aos efeitos “ecológicos e condicionantes ambientais”, sublinhando os “trabalhos de génese ilegal já feitos em 2015”. O documento demorou mais de um ano a ser fechado depois da consulta pública.
O tapete rolante permitiu alargar a prática de esqui a crianças a partir dos três anos, assim como aumentar a capacidade de transporte de 150 para 1.680 pessoas por hora, ou seja, mais 1.430.
No fundo, a declaração arrasa esta obra que, apesar de ser muito semelhante ao anterior esqui, ocupa uma superfície de solo muito maior.
O estudo de impacto ambiental concluiu que a preservação da área protegida, que faz parte da Rede Natura 2000, não foi acautelada. A cobertura de plantas que existia no local foi destruída durante a obra e a presença do tapete e quantidade de esquiadores não permite que recupere. Além disso, as linhas de água foram desviadas artificialmente.
Fonte: ZAP