Vinte funcionários do Tribunal Judicial de Paredes concentraram-se ontem a exigir o fecho do tribunal enquanto estiverem a decorrer as obras para remoção de amianto, que iniciaram esta quarta-feira.
No local, vários funcionários, que se juntaram no perímetro junto ao edifício do tribunal, nas escadarias, asseguraram não existirem condições de segurança para exercer a sua actividade profissional enquanto estiverem a decorrer os trabalhos de remoção.
É sabido que os vinte funcionários judiciais subscreveram, entretanto, um abaixo-assinado que alertava para a falta de condições de segurança, assim como os problema de saúde pública que estão inerentes ao facto de permanecerem no local de trabalho enquanto está a decorrer a remoção do amianto.
De acordo com os funcionários do tribunal, a adesão ao protesto na secção de cível e o crime foi de 100%, enquanto no Juízo de Família e Menores de Paredes a adesão foi de 20%.
Alfredo Ferreira, funcionário do tribunal e delegado sindical, esclareceu que os funcionários não estão contra as obras e a intervenção que está a ser realizada, e que estava há muito prevista, mas sim contra o facto das autoridades competentes não terem encerrado o tribunal.
“As obras não são apenas para retirar o amianto, mas também para retirar os detritos das pombas que existem no telhado. São centenas de pombas que estão no telhado. É preciso fazer raspagens e ver se os detritos se infiltraram. A água que cai nos corredores é castanha, não é límpida”, disse.
Ferreira salientou que não faz sentido argumentar que não existe perigo para a saúde pública, quando foi estabelecido um perímetro de segurança e os próprios funcionários que foram contratados para proceder à remoção do amianto estão devidamente protegidos com factos herméticos.