A Lufthansa e o Governo alemão indicaram esta terça-feira que chegaram a acordo sobre um plano de ajuda de 9 mil milhões de euros. O acordo marca o regresso da companhia de aviação à esfera pública.
Com esta injeção de capital, o Estado alemão torna-se no primeiro acionista do grupo com 20% do capital, frisa a agência noticiosa alemã DPA.
As medidas, que têm ainda de ser aprovadas pela Comissão Europeia (CE) e por uma assembleia-geral de acionistas, preveem um crédito com garantias de Berlim de 3 mil milhões de euros, a compra de ações no valor de 300 milhões de euros no quadro de um aumento de capital e uma injeção de fundos de 4,7 mil milhões de euros sem direito de voto, precisou a companhia aérea em comunicado.
A operação, observa o Jornal de Negócios, marca um regresso de parte do capital da Lufthansa à esfera pública, 20 anos depois de ter sido concluída a privatização da cotada.
“O plano prevê que o Estado alemão fique com 20% do capital da cotada, sendo que esta posição pode subir até aos 25% mais uma ação, caso a Lufthansa seja alvo de uma oferta de aquisição”, precisa ainda o mesmo jornal de economia.
O pacote de nove mil milhões de euros equivale às ajudas iniciais anunciadas por Portugal em linhas de crédito para apoiar todas as empresas no combate ao impacto da pandemia, nota ainda o jornal Observador, dando conta Portugal está autorizado pela CE a conceder linhas de crédito de apoio às empresas, com garantia do Estado, até 13 mil milhões.
O plano previsto para a companhia aérea alemã, precisa o mesmo jornal online, corresponde a quase 70% do valor máximo total dos apoios via linhas de crédito que estão disponíveis para todas as empresas portuguesas.
Fonte: ZAP