O Ministério da Saúde vai pagar mais aos hospitais e aos profissionais de saúde para incentivar o tratamento cirúrgico da obesidade e para reduzir os tempos de espera no Serviço Nacional de Saúde.
De acordo com o Jornal de Notícias, que avança a notícia nesta segunda-feira na sua edição impressa, o Governo quer reduzir os tempos de espera e aumentar a capacidade para o tratamento cirúrgico da obesidade no país.
Além de pagar mais às equipas multidisciplinares que levam a cabo estas cirurgias, revela o diário, o Governo vai também pagar aos hospitais para que realizem duas técnicas cirúrgicas mais eficazes no tratamento da obesidade do que a banda gástrica.
Segundo o matutino, um paciente com obesidade grave espera atualmente e em média, cerca de seis meses por uma cirurgia, sendo que no final de junho havia 1.350 doentes à espera de serem operados.
Para reduzir os tempos de espera, o Estado vai a financiar duas novas técnicas — sleeve e derivação bílio-pancreática e transposição duodenal — e a remuneração “será partilhada com as equipas”, numa percentagem de entre 35% e 55%, explicou Ricardo Mestre, da Administração Central do Sistema de Saúde, em declarações ao matutino.
A medida vai permitir que os hospitais que fazem mais cirurgias para tratar a obesidade possam criar centros de responsabilidade integrados, isto é, unidades autónomas dentro do centro hospitalar exclusivamente para este tipo de tratamentos.
A Associação de Doentes Obesos e Ex-Obesos, que tem vindo a reivindicar mais incentivos às cirurgias, teme, no entanto, que a falta de especialistas possa ser um obstáculo.
Fonte: ZAP