Os brasileiros que se aventuram noutros países e começam a refazer a sua vida noutra cultura deparam-se muitas vezes com uma realidade: a forma como o Brasil e o seu povo são percebidos no estrangeiro.
Essa visão pode variar, mas em locais como os Estados Unidos e Portugal, predominam estereótipos que podem dificultar a adaptação de quem chega.
Por um lado, os brasileiros são vistos como um povo alegre, hospitaleiro e limpo. A ideia de que o Brasil é um país de pessoas calorosas e felizes, apesar das dificuldades, é amplamente difundida. No entanto, essa mesma imagem muitas vezes esconde uma face menos positiva, marcada por preconceitos e estereótipos negativos.
Estereótipos negativos: Violência e exotização
Nos Estados Unidos, por exemplo, há uma perceção de que o Brasil é um país subdesenvolvido, dominado pela violência e associado a imagens superficiais, como a Amazónia e o Carnaval.
“Muitos acham que o Brasil é apenas um lugar altamente perigoso, onde a criminalidade impera. Também existe uma visão exageradamente exótica sobre o nosso país, que muitas vezes reduz a nossa cultura a festas e danças.”
“Por outro lado, os brasileiros são vistos como um povo alegre, hospitaleiro e limpo. A ideia de que o Brasil é um país de pessoas calorosas e felizes, apesar das dificuldades, é muito forte nesses países”, conta a empresária brasileira de destaque nos Estados Unidos, Sophia Utnick-Brennan.
O desafio da adaptação
Para quem emigra, habituar-se a essa dualidade de perceções leva tempo. Por um lado, o carinho pelo Brasil e pelo povo brasileiro; por outro, os desafios de provar que o país e os seus cidadãos vão além dos estereótipos.
“Com o tempo, conseguimos mostrar que somos mais do que a imagem que fazem de nós. Mas é um processo que exige paciência e resiliência e depende de cada um”, conclui Sophia.