Um incêndio de grandes dimensões, que deflagrou na segunda-feira em Canelas e Espiunca, Arouca (distrito de Aveiro), alastrou durante a madrugada para Castelo de Paiva, deixando várias habitações sem água e eletricidade, segundo o Correio da Manhã. O presidente da Junta de Freguesia de Real, Carlos Rocha, descreveu a situação como “muito preocupante” devido à proximidade das chamas.
Às 07h00 desta terça-feira, 29 de julho de 2025, o incêndio mobilizava 555 operacionais, 176 viaturas e três meios aéreos, sendo o que mais recursos reúne em Portugal, segundo a Proteção Civil. A aldeia de Fornos de Carvão foi evacuada durante a noite, e cinco pessoas foram retiradas de Vila Viçosa, na freguesia de Canelas/Espiunca, por precaução. A presidente da Câmara de Arouca, Margarida Belém, destacou à RTP3 a preocupação com a frente ativa em Saravigões, que avança em direção ao rio Paiva, agravada por ventos fortes.
O vice-presidente da ASPROCIVIL, Jorge Silva, alertou que a propagação do fogo pode atingir 30 a 40 km/h devido ao vento, sublinhando a importância dos meios aéreos. O chefe de operações da Proteção Civil, Rui Oliveira, confirmou à Lusa o reforço de corporações de outros pontos do país para proteger as populações.
A Direção-Geral da Saúde recomenda que a população evite exposição ao fumo, mantendo portas e janelas fechadas e usando máscaras N95 em caso de necessidade. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) mantém quase todo o continente em aviso amarelo devido ao calor, com risco máximo ou elevado de incêndio rural até pelo menos quinta-feira.
As autoridades apelam à colaboração da população, pedindo que sigam as indicações e evitem comportamentos de risco. Para atualizações, consulte o site da Proteção Civil (prociv.gov.pt).
Fontes: Observador, Correio da Manhã, RTP, Lusa
