O incêndio que lavra desde segunda-feira nos concelhos de Arouca e Castelo de Paiva encontra-se praticamente estabilizado, segundo afirmou esta quinta-feira o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Grande Lisboa, Hugo Santos, em declarações aos jornalistas no quartel dos Bombeiros de Arouca.
“De momento, tanto o município de Arouca como o de Castelo de Paiva não têm qualquer zona de incêndio ativa”, assegurou o comandante, adiantando que subsiste apenas uma pequena linha de fogo ativa no município de Cinfães, no distrito de Viseu.
Hugo Santos mostrou-se confiante de que essa frente poderá ser controlada nas próximas horas, embora tenha alertado para o risco de reacendimentos, dado o relevo acidentado da região e as condições meteorológicas adversas.
“Face à orografia, às condições meteorológicas e à vasta área atingida – estamos a falar de mais de 4.500 hectares – há sempre potencial para reativações que podem ser significativas”, alertou.
O incêndio, com mais de 48 quilómetros de perímetro, provocou danos numa casa devoluta, em alguns anexos agrícolas e causou pequenos estragos em duas habitações.
Na quarta-feira, a presidente da Câmara Municipal de Arouca já tinha revelado que as chamas tinham consumido cerca de 4.000 hectares de floresta e causado avultados prejuízos, entre os quais a destruição de parte dos Passadiços do Paiva, um dos principais atrativos turísticos da região e importante fonte de receita para a economia local.
Às 11h00 desta quinta-feira, segundo a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), estavam mobilizados no terreno 597 operacionais, apoiados por 217 viaturas e seis meios aéreos.