A Infraestruturas de Portugal (IP) avança com um investimento de 110,7 milhões de euros na eletrificação da Linha do Douro, abrangendo o trecho de 47 quilómetros entre Marco de Canaveses e Peso da Régua. Este projeto, essencial para a modernização do transporte ferroviário na região, foi contratado ao consórcio formado pelas empresas Casais e Somafel, após um concurso público inicialmente lançado em junho de 2023 com um valor base de 118 milhões de euros.
Objetivos do Projeto
A eletrificação visa modernizar a linha, completando a eletrificação já existente até Marco de Canaveses. As principais intervenções incluem:
- Instalação de um sistema de retorno de corrente de tração.
- Atualização dos layouts das estações e substituição do material de via.
- Ampliação das plataformas de passageiros, com destaque para a Estação da Régua, que terá um cais de 200 metros, adequado para operações de intercidades.
- Reabilitação de seis túneis e estabilização de 40 taludes ao longo do percurso.
Prorrogações e Início das Obras
O concurso sofreu várias extensões no prazo de entrega de propostas, com a última em setembro de 2023. Frederico Francisco, ex-secretário de Estado das Infraestruturas, indicou que as obras de eletrificação deveriam começar em 2024, com conclusão prevista para 2027.
Expansão e Reabilitação Futuras
Estudos estão em curso para a eletrificação do subtroço Régua/Pocinho e para a reabertura do troço Pocinho/Barca D’Alva, desativado desde 1988. A eletrificação da Linha do Douro é um passo significativo para a modernização das infraestruturas ferroviárias, beneficiando tanto o transporte ferroviário quanto o turismo na região.
Este investimento reflete o compromisso da IP com a modernização da rede ferroviária em Portugal, respondendo a reivindicações históricas e preparando a linha para um futuro mais sustentável e eficiente.