Na noite em que o PSD discutiu o seu futuro num Conselho Nacional Extraordinário, onde foi votada uma moção de confiança à atual direção do partido, Miguel Relvas assumiu que pertenceu à maçonaria.
Em entrevista ao programa da TSF “Às Onze no Café de São Bento”, o antigo ministro dos Assuntos Parlamentares admitiu ter sido maçom e esclareceu essa ligação.
“Deixei de ter essa ligação há alguns anos voluntariamente e nunca em momento algum vi alguma preocupação com a vida interna dos partidos“, frisou Miguel Relvas, sublinhando que se “afastou voluntariamente.”
“Nunca fui pressionado no sentido de tomar uma decisão numa determinada perspetiva”, disse ainda o ex-político, que integrou a maçonaria através da Loja Universalis do Grande Oriente Lusitano.
O Grande Oriente Lusitano é a mais antiga obediência maçónica portuguesa, fundada em 1802. A sua fundação terá tido como um dos principais dignatários Gomes Freire de Andrade e o patrocínio de Augusto Frederico, Duque de Sussex.
Em noite decisiva para o seu partido, onde foi votada uma moção de confiança à atual direção – da qual Rui Rio saiu vencedor – Miguel Relvas deixou fortes críticas aos que companheiros do partido que o acusam de influenciar a oposição a Rui Rio.
Miguel Relvas foi secretário-geral do PSD, ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares no governo de Passos Coelho até 2013, pedindo a demissão no seguimento do escândalo que envolveu a Universidade Lusófona. Em junho de 2016, viu anulado o seu grau de licenciado. Hoje em dia, é diretor de Política e Sustentabilidade na empresa norte-americana Dorae, especializada em blockchain.
Fonte: ZAP