O Ministério da Cultura anunciou, esta sexta-feira, ter cessado as funções da diretora-geral das Artes por “perda de confiança política”.
“O Ministério da Cultura tomou a decisão de determinar a cessação de funções da Diretora da Direção-Geral das Artes, Paula Varanda, por perda de confiança política. O Ministério da Cultura tomou conhecimento de factos que tornam incompatível a manutenção de Paula Varanda no cargo Diretora-Geral das Artes”, pode ler-se no comunicado do Ministério de Luís Filipe Castro Mendes, sem acrescentar mais detalhes.
O Governo realça que “todos os trabalhos em curso sob responsabilidade da Direção-Geral das Artes deverão decorrer dentro da normalidade e dos prazos previstos”.
Segundo o site da Direção-Geral das Artes, Paula Varanda era diretora-geral desde 1 de junho de 2016. A responsável sucedeu no cargo a Carlos Moura-Carvalho, em maio desse ano, que foi igualmente demitido pelo ministro do Governo socialista.
Na altura, o responsável confessou-se “revoltado” com a exoneração, considerando que “põe em causa os concursos públicos” e admitiu ter pedido explicações ao primeiro-ministro.
“Revolta-me e entristece-me porque é uma mudança às regras a meio do jogo”, disse na altura, sublinhando que estava “à espera que houvesse uma palavra, um elogio ao trabalho que foi feito”.
Paula Varanda é investigadora doutorada pela Middlesex University de Londres, no Reino Unido, em Estudos Artísticos e Humanidades (2016), participou em conferências e publicou livros e artigos de crítica e análise de espetáculos e projetos artísticos e culturais (2004-2017).
Fez também direção artística e gestão de projetos nas artes performativas (1994-2016) e foi assessora do Instituto da Artes para o planeamento, execução e avaliação de mecanismos de apoio ao sector profissional (2004-2007).
Fonte: ZAP