Morreu o empresário Alexandre Soares dos Santos, ex-líder do grupo Jerónimo Martins. Tinha 84 anos.
De acordo com o que jornal Público pode confirmar, Alexandre Soares dos Santos, antigo líder do grupo Jerónimo Martins, morreu esta sexta-feira, aos 84 anos. O empresário esteve até 2013 à frente do grupo Jerónimo Martins, proprietária entre outras da cadeia de hipermercados Pingo Doce.
Nascido no Porrto em 1934, o empresário, filantropo e líder histórico da Jerónimo Martins começou a sua carreira profissional em 1957, na Univeler. Seria nomeado diretor de marketing da Unilever Brasil, função que exerceu de 1964 a 1968.
Dez anos mais tarde, Soares dos Santos assumiu o cargo de administrador-delegado da Jerónimo Martins, e chegou à liderança do grupo, tendo deixado em 2004 as funções executivas – que passou então para Luís Palha da Silva.
Durante a sua gestão, nota o DN, o grupo passou de 300 pessoas no comércio e 2000 na indústria para uma estrutura com 110 mil pessoas e 20 mil milhões em vendas.
Em 2013, Soares dos Santos entregou a gestão do grupo a Pedro Soares dos Santos, segundo dos sete filhos, que tinha passado por todas as áreas de negócio da Jerónimo Martins e sido responsável pela instalação da operação na Polónia e na Colômbia.
Em 2009, o empresário e a família criaram a Fundação Francisco Manuel dos Santos, nome do avô materno e tio-avô de Alexandre Soares dos Santos, e que visa estudar os grandes temas nacionais.
Esta fundação gere o portal “Pordata“, Base de Dados do Portugal Contemporâneo, e lançou uma coleção de livros de Ensaio, a preços reduzidos, sobre temas da atualidade, sob o desígnio “Conhecer Portugal, pensar o país”.
Em 1998 e 1999, a revista Forbes colocou-o na lista dos mais ricos homens da Europa, com um valor de 2 e 1.9 mil milhões de dólares, respectivamente. Em março de 2011, a apontou Alexandre Soares dos Santos como o segundo português mais rico, valendo então 2.3 mil milhões de dólares.
Um dos mais emblemáticos empresários do país, recorda o ECO, ainda assim defendeu sempre que só queria deixar aos filhos “um exemplo de vida”. E segundo dizia, só tinha tido sorte na vida.
Em março de 2014 foi condecorado por Marcelo Rebelo de Sousa com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Empresarial. Na página oficial da Presidência da República, o presidente “pessoalmente consternado, apresenta à Família muito sentidas condolências”, e evoca o seu relevante papel na vida económica, social e cultural portuguesa.
Fonte: ZAP