[youtube https://www.youtube.com/watch?v=Wu9I4BNy2TA?feature=oembed&w=700&h=394]
Um navio de exploração científica australiano descobriu nas profundezas do Mar da Tasmânia um espaço nunca antes explorado – um incrível “mundo perdido” com vulcões subaquáticos.
De acordo com os cientistas, a embarcação identificou planaltos até 3 mil metros acima da planície abissal do fundo do mar da Tasmânia, cujas cordilheiras e picos vulcânicos estão relacionados com a rutura dos continentes da Austrália e da Antártida.
Tal como conta o Science Alert, o navio levava a cabo uma investigação que visava analisar o comportamento do fitoplâncton na corrente oceânica do leste da Austrália, quando descobriu este mundo perdido com vulcões subaquáticos.
Com a missão exploratória definida, o barco da Organização de Estudo Científicos e Industriais da Commonwealth, partiu do porto de Hobart, na ilha australiana da Tasmânia, no passado dia 11 de setembro.
Os cientistas estavam a analisar as profundezas oceânicas, quando as suas ferramentas de mapeamento detetaram “incríveis contornos inexplorados” no fundo do mar. Neste terreno vulcânico, que varia em tamanho e forma e não parecer ser uma área de fontes hidrotermais, os largos planaltos surgem juntamente com colinas cónicas menores.
Os especialistas que participaram na expedição pela costa da Tasmânia estão “bastante convictos” de que esta paisagem subaquática está relacionada com a separação dos continentes, que ocorreu há cerca de 30 milhões de anos.
“Quando a Austrália, a Antártida e a Tasmânia se separaram, um grande ponto quente surgiu debaixo da crosta terrestre, formando estes vulcões e, logo depois, ajudou a que a crosta terrestre se rompesse, de forma a que todas estas áreas se pudessem começar a separar”, explicou a geógrafa Tara Martin em declarações à ABC News.
Ponto de referência para as baleias
De acordo com os investigadores, uma área tão inexplorada como esta, com os picos dos planaltos a cerca de 2 mil metros abaixo do nível do mar, deve também alojar uma “deslumbrante variedade de vida marinha“. Os especialistas assumiram ainda que esta zona recém-descoberta pode servir como ponto de navegação e/ou referência para grandes animais marinhos, como as baleias.
Durante a expedição, os cientistas avistaram várias baleias-jubarte, baleias-piloto e algumas espécies de aves marinhas, que os levaram a consolidar esta ideia. A equipa descreveu ainda um notável avistamento com cerca de 60 a 80 baleias piloto.
Mas as investigações não ficam por aqui. Está já a ser planeada uma expedição adicional que visa continuar a explorar o relevo submarino, avaliando ainda como este influencia a biodiversidade oceânica da região adjacente.