Apesar de os EUA terem imposto sanções a todos os países que comprem petróleo ao Irão, há uma nação que parece não ter dado ouvidos à Casa Branca.
Há petroleiros iranianos a descarregar milhões de barris com esta matéria-prima em portos da China. Isto tem acontecido de forma constante e em enormes quantidades, de acordo com a agência Bloomberg, e surge numa altura em que o Irão tem sido notícia pelas apreensões de “petroleiros estrangeiros” nas águas no estreito de Ormuz.
Entre janeiro e maio deste ano, a China recebeu cerca de 12 milhões de toneladas de petróleo. Mas há uma enorme discrepância entre os valores registados pela alfândega do país e a quantidade de matéria-prima que efetivamente chegou aos portos chineses.
De acordo com a Bloomberg, em março, as autoridades chinesas registaram na alfândega 2.3 milhões de toneladas de petróleo. Mas entraram nos portos, no mesmo mês, 3.1 milhões de toneladas da matéria-prima iraniana. Esta situação acontece desde dezembro de 2018.
Há pelo menos dez petroleiros e duas embarcações do Irão a caminho dos portos asiáticos. Juntos, estes navios terão capacidade para mais de 20 milhões de barris. Neste momento, os milhões de barris ainda não aparecem em dados da alfândega nem em relatórios das importações chineses. São propriedade iraniana e não se considera que as sanções estejam a ser violadas.
O armazenamento em portos chineses pode vir a baixar a cotação global de preços se as refinarias da China decidirem utilizar o petróleo.
De acordo com fonte da administração de Donald Trump, qualquer país que seja visto a importar carregamentos de petróleo será alvo de sanções. Esta medida foi anunciada há cerca de dois meses.
Em junho, o Banco da América destacou que uma subida das tarifas impostas pela Casa Branca à China pode significar um reforço das relações entre o Irão e o país de Xi Jinping. A mesma fonte diz que, se a China começar a comprar petróleo iraniano em grandes quantidades e de forma regular, o preço do barril pode cair.
Fonte: ZAP