Após denúncias feitas sobre descargas ilegais de poluentes no Rio Paiva pelo Jornal Paivense (clique para ler o artigo), a Câmara Municipal de Arouca emitiu comunicado sobre o assunto.
A autarquia tem sido apontada como uma das responsáveis pela poluição do rio, e por isso emitiu comunicado de imprensa para esclarecer as alegações feitas por populares e divulgadas pelo Jornal Paivense.
O Rio Paiva, que já foi considerado o menos poluído da Europa, hoje amarga um problema que tem se intensificado de desrespeito à legislação ambiental e descarga de poluentes. As denúncias apontam para locais como Vila Nova de Paiva, Castro Daire, Alvarenga e outras localidades de Arouca. Nas redes sociais é possível encontrar diversas fotografias e registos feitos por moradores destas localidades.
Leia, na íntegra, o comunicado abaixo da CM sobre as Descargas ilegais no Rio Paiva:
DESCARGAS ILEGAIS NO RIO PAIVA
Vieram recentemente a público notícias de eventuais descargas ilegais no rio Paiva, imputando-se, entre outros, ao Município de Arouca a responsabilidade pelas mesmas. Face à gravidade de tais acusações, vem o Município de Arouca primeiramente lembrar que não possui sob sua responsabilidade qualquer equipamento de tratamento ou de recolha de águas residuais. Como tal, não fez, nem faz qualquer descarga.
Mais se informa que a Câmara Municipal de Arouca não dispõe de elementos que lhe permitam concluir que se trataram de descargas poluentes. A ser verdade, para além do facto consubstanciar um crime ambiental jurídica e socialmente condenável, enquanto entidade exploradora de um equipamento (os Passadiços do Paiva) que tem como pano de fundo o rio, condena veementemente o sucedido, esperando que as responsabilidades sejam apuradas e que os respetivos infratores sejam condenados de conformidade. Para o efeito, já informou as entidades competentes desta ocorrência, estando a envidar todos os esforços para que seja posto cobro de modo permanente e definitivo a tais situações.
A Câmara Municipal de Arouca apela ainda à população para que comunique às entidades competentes, diretamente (Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR – SOS Ambiente 808 200 520) ou através da autarquia (T. 256 940 220), sempre que tenha conhecimento de atentados desta natureza.
O Jornal Paivense está a empreender grande investigação jornalística sobre o assunto, que brevemente será tema de uma série de reportagens.