Apesar da ainda recente lembrança dos terríveis incêndios em Outubro de 2017, dos quais todos os Paivenses ainda se recordam, a Câmara Municipal de Castelo de Paiva deixou no último dia 27 de maio caducar o Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI), sendo este um plano importante em termos de Proteção Civil.
Apesar da importância do programa, ao fim de dois meses da sua caducidade, ainda nada foi feito para reverter este panorama, segundo apontam membros da oposição, que destacam que o PMDFCI tem um período de vigência de 5 anos, de acordo com o estabelecido no artigo 9.º do Despacho n.º 4345, de 27 de Março de 2012.
Com a chegada do verão e as altas temperaturas que se esperam para o período, combinado com a diminuição das chuvas que é comum nesta altura, alguns habitantes do concelho tem se mostrado preocupados e com receio de reviverem o pesadelo de ver suas casas a arder: “Arderam as nossas roupas, eletrodomésticos, a moto e até os medicamentos. Ficámos sem nada”, asseguram, igualmente, Conceição Silva e António Pereira, casal que, na noite de domingo não conseguiu chegar a casa, em São Pedro de Paraíso.
Recorde-se que naquela altura, o edil paivense declarou que os incêndios foram muito piores do que o que se podia pensar: “Aquilo que nos atingiu foi uma coisa impensável. Nem no pior filme de terror imaginávamos o que aconteceu”, afirmou o autarca Gonçalo Rocha em 2017.