Os funcionários públicos de todo o país estão em greve esta sexta-feira em defesa de aumentos salariais, o que deverá levar ao encerramento de escolas e serviços municipais e ao cancelamento de actos médicos, o que ja está a interferir, e muito, na vida não apenas do cidadão paivense, mas de todos os portugueses.
Pela manhã, nossa redação recebeu relatos de pessoas que não conseguiam resolver pendências com documentação: “não consigo fazer meu registro, e isto está a atrasar minha vida e meus negócios. Não sou favorável a greve, pois atrapalha nossa vida, contudo sei que estes trabalhadores tem reivindicações justas. É preciso que o governo intervenha e resolva a questão salarial dos funcionários públicos, ou tornamo-nos o país da greve”, afirma o morador que não quis ter seu nome publicado.
Além de Castelo de Paiva e região, a greve dos trabalhadores da administração pública regista, neste momento, uma adesão no Grande Porto “acima das expectativas”, quer no setor da saúde – “superior a 90%” -, quer na educação, com “a maior parte das escolas encerradas”, de acordo com informações de sindicalistas.
O facto é que as três estruturas sindicais que convocaram a paralisação manifestaram sua convicção de que “esta vai ser uma grande greve nacional na administração pública, tendo em conta o descontentamento demonstrado pelos trabalhadores”.
Recorde-se que a greve foi convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP) para pressionar o Governo a incluir no Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) a verba necessária para aumentar os trabalhadores da função pública, cujos salários estão congelados desde 2009.