O distrito de Lisboa lidera com 6.303 ocorrências, seguido do Porto (4.629), Setúbal (2.327), Braga (1.838), Aveiro (1.698) e Faro (1.459).À semelhança dos anos anteriores, as taxas de incidência mais elevadas registaram-se nas Regiões Autónomas dos Açores (4,3) e Madeira (3,9) e no continente a taxa é de 2,5, sendo a de incidência mais baixa no distrito de Santarém (1,85).
Os distritos de Faro (3,3), Lisboa (2,8), Portalegre (2,76), Setúbal (2,73) e Porto (2,61) registaram taxas de incidência superiores à verificada em termos nacionais (2,59).
As forças de segurança detiveram 703 suspeitos de violência doméstica, o que corresponde a menos 27 detenções face a 2016.
De acordo com os dados, 79,9% das vítimas são mulheres, a maioria com 25 ou mais anos, e 84,3% dos denunciados são homens.
Quanto ao grau de parentesco, o RASI indica que em 53,3% dos casos a vítima era cônjuge ou companheira/o, em 17,32% das situações era ex-conjuge/ex-companheiro, em 15,1% era filho ou enteados e em 5,2% era pai/mãe/padrasto/madrasta.
Cerca de 34% das ocorrências verificaram-se ao fim de semana e as restantes ao longos dos outros dias da semana, sendo que a segunda-feira é o dia com maior percentagem de ocorrências.
Em 78% dos casos a intervenção policial surgiu depois do pedido da vítima, 9% através de informações de familiares e vizinhos, 4% por conhecimento direto das forças de segurança e 10% por denuncia anónima.
Segundo o RASI, em 34% das situações a ocorrência foi presenciada por menores e em 40% foi sinalizada a existência de problemas relacionados com o consumo de álcool por parte do denunciado e em 14% com consumo de estupefacientes.
O maior número de inquéritos-crime iniciados teve lugar nas comarcas do Porto (4.302), Lisboa (3.499), Lisboa Oeste (3.295), Braga (2.226), Lisboa Norte (2.050) e Aveiro (1.917).
Ainda segundo os dados, o maior número de acusações foi deduzido nas comarcas do Porto (614), Lisboa (550), Lisboa Oeste (435), Braga (344), Aveiro (334) e Lisboa Norte (285).
Segundo o RASI, a criminalidade violenta e grave diminuiu 8,7% no ano passado, em relação a 2016, enquanto os crimes gerais aumentaram 3,3%.
O relatório reúne os indicadores de criminalidade registados pela Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública, Polícia Judiciária, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Polícia Marítima, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, Autoridade Tributária e Aduaneira e Polícia Judiciária Militar.
Lusa
Fonte: SIC