A Ongoing, empresa liderada por Nuno Vasconcellos e Rafael Mora, abriu um buraco de quase 700 milhões de euros nas contas do novo Banco e do BCP.
A Ongoing criou um buraco de quase 700 milhões de euros nas contas do Novo Banco e do PCP, um montante que resulta da incapacidade de recuperar créditos concedidos pelo então Banco Espírito do Santo (BES) e pelo BCP à empresa liderada por Rafael Mora e Nuno Vasconcellos.
Segundo o Público, este valor resulta de uma grande exposição das duas instituições financeiras à Ongoing. No caso do BES (agora Novo Banco), chegou aos 493,5 milhões e no BCP aos 292 milhões.
Isto leva a que atualmente, mesmo depois de já terem sido efetuadas penhoras sobre a Ongoing e anulados juros sobre as dívidas, as perdas registadas pelas duas instituições representem cerca de 440 milhões de euros, no caso do Novo Banco, e 230 milhões de euros, no caso do BCP, um total de 670 milhões que representam mais de 80% dos empréstimos inicialmente concedidos.
Os créditos concedidos à Ongoing, que está em liquidação, foram utilizados para ajudar o BES a controlar a Portugal Telecom e abriram a porta do BCP à equipa de gestão chefiada por Carlos Santos Ferreira que vinha da Caixa Geral de Depósitos e que integrou dois dos atuais administradores do Novo Banco, António Ramalho e Vítor Fernandes.
A queda do Grupo Espírito Santo em 2014 tornou evidente a existência de um núcleo de empresas e de gestores a circularem em torno do BES que em vez de serem apenas um banco era já uma caixa na qual todos iam buscar dinheiro, refere o diário.
No entanto, Rafael Mora e Nuno Vasconcellos não levantavam apenas fundos ao BES como colocavam também o banco a garantir divida contraída noutras instituições. Já os créditos contraídos pela dupla junto do BCP visaram construir uma posição de 10% na PT, onde mandava o BES.
Fonte: ZAP