A esfinge do Egito teve um momento “distintivo astronómico” durante o equinócio da primavera, quando, a 19 de março, o Sol se pôs no ombro da icónica estátua.
Este fenómeno acontece apenas duas vezes por ano: em março, durante a primavera e em setembro, no outono. Durante o equinócio, os hemisférios Norte e Sul recebem quantidades iguais da luz do sol e o dia e a noite são iguais em duração.
A mítica esfinge, uma estátua meio homem, meio leão, está esculpida em rocha calcária. O seu rosto pode mostrar a semelhança do faraó Khafre, o quarto rei da quarta dinastia do Egito antigo, que construiu a segunda e a terceira pirâmides de Gizé.
De acordo com o LiveScience, a esfinge está estrategicamente posicionada para o solstício de verão em junho, quando o sol se põe entre as pirâmides dos faraós Khufu e Khafre.
A posição da Esfinge durante os equinócios e o solstício de verão sugere que os antigos egípcios posicionaram propositalmente a estátua híbrida de homem-leão. “Este fenómeno prova que os arqueólogos estavam errados quando disseram que os antigos egípcios encontraram uma pedra antiga por acidente e transformaram-na numa estátua de rosto humano e corpo não humano”, escreveu o Ministério das Antiguidades do Egito, numa publicação no Facebook.
A revista Newsweek recorda que a ligação entre astronomia e a construção das pirâmides é objeto de estudo há décadas. Sabe-se que a Grande Pirâmide de Gizé está quase perfeitamente alinhada com os pontos do norte, sul, leste e oeste.
Outras culturas antigas também construíram monumentos que capturavam momentos fugazes durante os solstícios e equinócios, incluindo Stonehenge na Inglaterra, uma “pedra-calendário” na Sicília, um henge neolítico na Alemanha e uma cidade maia no que é hoje Tulum, no México.