Vitalik Buterin, fundador da Ethereum, não é um entendido em economia global, mas prevê uma crise financeira até 2021.
Vitalik Buterin, o prodígio de programação de apenas 24 anos que inventou a plataforma Ethereum aos 19 anos, não é um especialista em economia global, mas isso não o impede de participar na acirrada competição entre economistas e historiadores para prever quando é que irá acontecer a próxima crise financeira.
Na passada quarta-feira, segundo o Observer, o fundador da Etherum escreveu no Twitter que “previa, oficialmente, uma crise financeira até 2021”. Além da linha de tempo extremamente específica, segundo a previsão de Buterin, a crise aproxima-se a passos largos – a não se que Buterin quisesse ter dito realmente isso.
Depois desta declaração chocante, Buterin disse no mesmo tweet que fez a previsão apenas para que pudesse ter a probabilidade (que estimava ser de 25%) de ser posteriormente creditado como “um guru que previu a última crise financeira“.
Foi uma piada inofensiva, mas, apesar disso, a segunda parte do tweet do jovem empreendedor tem algum fundo de verdade, dado que todos estão muito ansiosos para saber quando irá acontecer uma nova crise financeira. Nos Estados Unidos, a preocupação intensificou-se depois de o mercado de ações ter visto uma queda repentina na quarta-feira, com o Dow Jones Industrial Average a cair 5%.
No início deste ano, o historiador económico Niall Ferguson, que previu com precisão a crise financeira de 2008, disse ao The Wealth Report que a próxima crise chegará mais cedo do que a maioria das pessoas pensa. “O período pós-crise acabou. Estamos a caminhar agora para um novo período pré-crise”, disse.
Ainda assim, a previsão mais precisa até agora foi feita pelo diretor de investimentos da Pacific Investment Management Co., Marc Seidner. Em agosto, disse haver 70% de hipóteses de uma recessão atingir os mercados globais nos próximos cinco anos.
O seu motivo era muito semelhante ao de Fergusson: uma reversão das políticas monetárias pós-2008. “A flexibilização quantitativa foi uma maré que levantou todos os barcos. Se tentássemos procurar análogos históricos para o ambiente atual em termos de política monetária e possível desenrolar no futuro, não há nenhum”, afirmou.
Fonte: ZAP