• News
  • Política
  • Sociedade
  • Cultura
  • Culinária
  • Desporto
  • Saúde e Bem Estar
  • Crónicas
  • País
  • Agenda
  • Estatuto Editorial
No Result
View All Result
  • Login
Paivense
  • News
  • Política
  • Sociedade
  • Cultura
  • Culinária
  • Desporto
  • Saúde e Bem Estar
  • Crónicas
  • País
  • Agenda
  • Estatuto Editorial
No Result
View All Result
Paivense
No Result
View All Result
Home Ciência

O mistério do Sudário de Turim. Terá sido este criado por milagres ou por astuciosos medievais?

RedaçãoPorRedação
6 de Novembro de 2020
Reading Time: 5 mins read
A A
0
O mistério do Sudário de Turim. Terá sido este criado por milagres ou por astuciosos medievais?
Share on FacebookShare on Twitter

Dianelos Georgoudis/ Wikimedia

A imagem à esquerda mostra as marcações no Sudário. A da direita é aprimorada para mostrar mais detalhes do rosto.

Embora a sua autenticidade seja muito debatida, o suposto pano que cobriu Jesus Cristo após a sua morte ainda é uma das relíquias cristãs mais estudadas que existe.

Existem vários objetos religiosos que são conhecidos por serem peças autênticas da história religiosa. Contudo, por ser tão difícil verificar a sua autenticidade estes permaneceram fora do alcance da ciência. Porém há uma exceção: o Sudário de Turim.

Esta relíquia religiosa tem sido alvo de um crescente escrutínio. Trata-se de um lençol retangular que mede cerca de 4 metros de comprimento e 1 metro de largura que é reconhecido como o pano que envolveu o corpo de Jesus depois da sua morte.

A evidência que parece tornar este facto incontornável, é que nesse lençol está impressa uma imagem de um homem nu com as mãos a cobrir as virilhas. Esta marca no pano foi causada por uma descoloração amarelada. São também visíveis manchas de sangue.

A imagem é inconfundível, mas a evidência real da autenticidade do Sudário é contestada. Vários estudos sobre o Sudário têm sido realizados na tentativa de descobrir a verdade. Um desses estudos foi datado em 1970, quando vários grupos de cientistas procederam a uma série de exames técnicos do Sudário e da imagem dele. As descobertas suscitaram debates académicos e estudos subsequentes que acabaram por durar décadas.

Hoje em dia, a maior parte das evidências encontradas em relação ao Sudário indicam que este teve origem por volta da Idade Média e que foi criado por mãos humanas. Apesar disso, ainda não há consenso sobre como a imagem foi feita, deixando em aberto uma série de teorias.

Mistério da autenticidade já dura há décadas

O Sudário apareceu pela primeira vez no registo histórico no século XIV, e já nessa altura foi controverso. Uma das primeiras menções registadas do Sudário está numa carta de um bispo francês ao papa, denunciando-o como uma falsificação.

Alguns dos primeiros estudos do Sudário foram feitos por um anatomista francês chamado Yves Delage no início do século XX. As suas observações apoiaram amplamente a hipótese de que a imagem corresponde a um homem que sofreu ferimentos significativos antes de morrer. Os defensores da autenticidade do Sudário apontam que parece que o homem foi crucificado, com base nas feridas e manchas de sangue.

No entanto, o objeto só foi observado cientificamente nos anos 70. Na altura, um grupo de investigadores do Projeto de Pesquisa do Sudário de Torino (STURP) começou a pesquisa, e nela estavam presentes químicos, físicos e cientistas de várias instituições governamentais dos Estados Unidos. Ainda assim, o grupo tinha algumas lacunas notáveis ​​de conhecimento pois não estavam presentes arqueólogos, que podiam ser fundamentais para o estudo.

As conclusões da equipa, publicadas em 1981, sugeriam que as origens do Sudário estavam bastante além da compreensão da ciência. “Não existem métodos químicos ou físicos conhecidos que possam explicar a totalidade da imagem, nem qualquer combinação de circunstâncias físicas, químicas, biológicas ou médicas que possa explicar a imagem de forma adequada”, escreveram os autores.

Os especialistas descartaram o uso de qualquer tipo de pigmento na criação da imagem e escreveram que encontraram evidências de sangue no tecido. Além disso, sentiam-se confiantes de que a imagem tinha sido criada pelo contacto com um objeto tridimensional, como é o caso do corpo humano.

Estudos posteriores também alegaram ter encontrado evidências de sangue no Sudário, e uma análise do pólen encontrado no objeto apontou que a sua origem era de algum lugar no Médio Oriente. Neste sentido, foram muitos os estudos que relacionaram os ferimentos aparentes no Sudário aos que Jesus sofre na Bíblia.

Porém, estas evidências não são suficientemente fortes para muitos investigadores, por isso põe em causa a teoria.

Provas duvidosas

O químico Walter McCrone conduziu uma análise independente de amostras emprestadas do Sudário pela equipa do STURP em 1978. A conclusão de McCrone é que o Sudário foi criado por um artista talentoso da Idade Média.

Algumas pesquisas mais recentes vão ao encontro da sua teoria e indicam que algumas das manchas de sangue são irrealistas para um cadáver que estava deitado.

No entanto, a maior evidência contra a autenticidade do Sudário foi conhecida através de uma técnica comummente usada por arqueólogos. Em 1988, uma equipa de cientistas datou com carbono vários pequenos pedaços do Sudário e determinou que este foi criado entre os anos de 1260 e 1390 – mais de mil anos depois de Jesus morrer.

Essas datas também se alinham com a primeira menção histórica do Sudário, no século XIV, bem como com as descobertas de McCrone.

Embora tenha havido várias tentativas de contestar os resultados da datação por carbono, nenhuma delas foi considerada válida, diz o Discover.

O sangue e o pólen, por sua vez, também não indicam necessariamente que o Sudário é real. Como alguns investigadores apontaram, o sangue presente no objeto é vermelho vivo, em vez de vermelho escuro como o verdadeiro sangue seco.

Para explicar a esta diferença, um artigo de 2017 sugere que as manchas são na verdade uma mistura de sangue e pigmentos; pigmentos esses que provavelmente foram aplicados mais tarde.

Por mais lógicas que as teorias sejam, o legado da pesquisa científica sobre o Sudário revela uma curiosa tentativa de casar o rigor da ciência com o mistério da religião.

Existem os que acreditam que a religião não precisa de experiências para provar o seu valor, e os que anseiam por mais evidências. Os devotos da ciência parecem cair entre os últimos.


Tags: ArqueologiaCiência & SaúdeDestaqueReligião
Artigo Anterior

Mau tempo com chuva e trovoadas em todo o país. Aviso amarelo até sábado

Próximo Artigo

Centeno elogia OE2021. País deve estar preparado para a recuperação da pandemia

Artigos Relacionados!

Células Estaminais: Avanços e desafios na medicina regenerativa
Ciência

Células Estaminais: Avanços e desafios na medicina regenerativa

Cuidado com bebés e idosos: Aumenta o número de casos de VSR na região
Castelo de Paiva

Cuidado com bebés e idosos: Aumenta o número de casos de VSR na região

Obesidade Infantil e seus Impactos na Coluna Vertebral: Uma Perspectiva Neurocientífica
Ciência

Obesidade Infantil e seus Impactos na Coluna Vertebral: Uma Perspectiva Neurocientífica

Ciência

O Medo do Novo e a Relação com a Inteligência: Uma Análise Científica

Inteligência e Interseções Sociais: um estudo sobre comportamento e empatia em sociedades de alto QI com ênfase no espectro autista
Ciência

Inteligência e Interseções Sociais: um estudo sobre comportamento e empatia em sociedades de alto QI com ênfase no espectro autista

adhd mind symbol
Ciência

Estudo português investiga a aquisição de termos mentais em crianças com autismo

Próximo Artigo
Centeno elogia OE2021. País deve estar preparado para a recuperação da pandemia

Centeno elogia OE2021. País deve estar preparado para a recuperação da pandemia

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

1 × 1 =

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

Últimas Notícias!

CASTELO DE PAIVA RECEBE LANÇAMENTO DO LIVRO VOZES SILENCIADAS, DE TERESA CANHOTO VIEIRA

CASTELO DE PAIVA RECEBE LANÇAMENTO DO LIVRO VOZES SILENCIADAS, DE TERESA CANHOTO VIEIRA

CASTELO DE PAIVA PREPARA-SE PARA A 26.ª MOSTRA DE VINHO VERDE, PRODUTOR LOCAL, SABORES REGIONAIS E OFÍCIOS TRADICIONAIS

CASTELO DE PAIVA PREPARA-SE PARA A 26.ª MOSTRA DE VINHO VERDE, PRODUTOR LOCAL, SABORES REGIONAIS E OFÍCIOS TRADICIONAIS

Nova Plataforma de Deslocações de Penafiel Impulsiona Conectividade Integrada nas Proximidades da Paragem Ferroviária de Novelas

Nova Plataforma de Deslocações de Penafiel Impulsiona Conectividade Integrada nas Proximidades da Paragem Ferroviária de Novelas

José António oficializado como representante socialista à administração local de São Martinho de Sardoura nas municipais de 2025

José António oficializado como representante socialista à administração local de São Martinho de Sardoura nas municipais de 2025

Workshop reforça papel essencial da comunicação na prevenção dos incêndios rurais

Workshop reforça papel essencial da comunicação na prevenção dos incêndios rurais

Artigos Recentes

CASTELO DE PAIVA RECEBE LANÇAMENTO DO LIVRO VOZES SILENCIADAS, DE TERESA CANHOTO VIEIRA

CASTELO DE PAIVA PREPARA-SE PARA A 26.ª MOSTRA DE VINHO VERDE, PRODUTOR LOCAL, SABORES REGIONAIS E OFÍCIOS TRADICIONAIS

Nova Plataforma de Deslocações de Penafiel Impulsiona Conectividade Integrada nas Proximidades da Paragem Ferroviária de Novelas

De Castelo de Paiva para todo Portugal. Nossa missão é entregar notícias de minuto a minuto com ótimos profissionais e uma linha investigativa de padrão MF Press Global

Visão: Relevância, verdade, agilidade, credibilidade e eficiência / Contacto: info@paivense.pt / mf@pressmf.global

Newsletter


© 2022 Paivense - Todos os direitos reservados. Registo ERC número 127076

  • News
  • Política
  • Sociedade
  • Cultura
  • Culinária
  • Desporto
  • Saúde e Bem Estar
  • Crónicas
  • País
  • Agenda
  • Estatuto Editorial
  • Login

© 2021De Castelo de Paiva para todo Portugal. Nossa missão é entregar notícias de minuto a minuto com ótimos profissionais e uma linha investigativa de padrão MF Press Global.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In