O presidente da Anacom diz que as operadores de telecomunicações “funcionam em regime de oligopólio”, criticando a sua postura perante as regras do leilão do 5G em Portugal.
Esta segunda-feira, João Cadete de Matos esteve no programa “Tudo é Economia” da RTP3, no qual frisou a necessidade de promover a concorrência no setor das telecomunicações em Portugal.
“É claro que quando falamos em promover a concorrência as empresas que funcionam num regime de oligopólio e têm as suas ofertas pouco competitivas e comparam desfavoravelmente com os restantes países europeus, não apreciarão essa política de regulação, mas é aquilo que é feito em Portugal como noutros países”, explicou o presidente da Anacom, citado pelo Jornal Económico.
No mês passado, a NOS considerou que as regras do leilão do 5G “são absolutamente ilegais, inaceitáveis e desastrosa”” para o setor e para o país, depois de o grupo Vodafone ter dito que pondera “licitar menos espectro” ou até “não licitar”.
“Se as regras não forem alteradas estaremos a condenar Portugal à irrelevância na futura economia digital, prejudicando, assim, de forma irreversível a competitividade das empresas e a evolução do nível de vida dos portugueses”, rematou fonte oficial da NOS.
João Cadete de Matos defende que a posição da Anacom, “quer para o 5G, quer de outras frequências que vão ser atribuídas neste leilão e que visam precisamente promover a concorrência”, é a de fazer com que o espectro esteja disponível para quem quiser entrar no mercado.
Fonte: ZAP