Os Países Baixos, Áustria, Suécia e Dinamarca reiteraram este sábado a sua oposição ao plano de Angela Merkel e Emmanuel Macron para responder à crise da covid-19: um fundo de recuperação de 500 mil milhões a entregue a fundo perdido às economias mais afetadas.
De acordo com o Politico, Países Baixos, Áustria, Suécia e Dinamarca reiteraram a sua oposição a planos que impliquem uma partilha direta de responsabilidades com dívida de outros países, admitindo que se promova a criação de um “orçamento comunitário modernizado”, mas algo que não deixe de incluir “incentivos saudáveis” para que os governos mantenham o rigor das contas públicas.
Em alternativa, os países propõem um veículo de empréstimos “temporários”, em “condições favoráveis”, concedidos tendo como contrapartida que os países beneficiários promovam reformas estruturais nas suas economias para assegurar que estarão “mais bem preparados para a próxima crise“.
O plano dos quatro países permitiria “limitar o risco para os Estados-membros, de um modo geral”. Os quatro papíses preferem uma revisão do orçamento comunitário, com “novas prioridades” mas sem um aumento substancial dos capitais disponíveis. Além disso, poderia haver empréstimos a troco de um “forte compromisso com reformas e com as regras orçamentais”, além da apresentação de medidas ambiciosas para prevenir fraudes com estes financiamentos.
Países Baixos, Suécia, Dinamarca e Áustria não querem ir além de um veículo de empréstimos com uma duração de dois anos. Vários países, como Itália, rejeitam essa proposta porque agravaria o endividamento.
De acordo com o Observador, a troca de propostas surge antes da proposta que a Comissão Europeia irá apresentar na quarta-feira e que será alvo de discussão entre os países do Conselho Europeu. Para que uma proposta possa avançar, é necessário haver unanimidade entre os vários países.
O primeiro-ministro, António Costa, elogiou o franco-alemão para a criação de um fundo de recuperação europeu de 500 mil milhões de euros baseado em subvenções mas deixou um alerta: há ainda muitos “ses”, isto é, “importantes” aspetos em aberto.
Fonte: ZAP