Realizou-se ontem mais uma palestra “Filhos da Terra” com o convidado Manuel Fernando. No Café Cetral, local onde se realizou a iniciativa, juntaram-se mais de uma dezena de pessoas para assistirem à palestra que, desta vez, teve um padre da terra como convidado.
Na palestra foram debatidos diversos assuntos, desde a reposabilidade social de um padre, à vida do convidado em Alfena-local onde exerce atualmente funções- e até da utilização da rede social Facebook.
Manuel Fernando caracterizou-se como alguém frontal e dedicado, um apaixonado pelo que faz e pela sua terra. “Eu como pároco nunca pedi nada para mim nem para a minha família. Procuro ser um padre que vive de forma apaixonada e que gosta do que faz.
Nunca serei um padre de andar a chatear as pessoas”.
Sobre a sua passagem por Alfena, o padre afirmou que este é “ um desafio enorme” devido à quantidade de pessoas envolvidas no projeto do centro paroquial daquela região. “Eu não consinto que haja uma pessoa reformada a trabalhar lá, se querem trabalhar é como voluntários. Se há gente nova, eu acredito nos jovens e é necessário dar-lhes oportunidades”, disse Manuel Fernando durante a palestra.
“Procuro ser uma pessoa discreta, sou um apaixonado, gosto das coisas feitas com seriedade”.
“Um padre sozinho não faz nada de jeito. Somos padres para uma comunidade e é a comunidade que nos faz padres. Aprendi muito em Alpendorada, aprendo em Alfena, mas tenho Castelo de Paiva no coração, venho cá sempre que posso. Apesar de ser [uma vila] pequena é um espaço fantástico onde cresci e aprendi a gostar da vida, a fazer amigos. Tenho saudades do rio Paiva, continuo a vir cá nas festas de S. Lourenço, principalmente à noite para ouvir as bandas, faz parte do nosso património”.
A palestra durou mais de duas horas mas ainda houve tempo para refletir-se, em conjunto com a plateia, sobre a utilização das redes sociais. Quando questionado sobre a negatividade ou positividade da plataforma online, Manuel Fernando salientou que o “ Facebook é uma coisa formidável”.
“Eu tenho uma perspetiva positiva das coisas, mesmo o Facebook, com o erro da democratização, somos nós quem tem de saber escolher aquilo que querermos e, mesmo os pais, escolherem o que é melhor para os filhos. Essa evolução é positiva porque aproxima horizontes, conhecemos coisas, fazemos e contactamos com tantos amigos, estamos tão longe que se torna mais perto”, frisou.
O movimento Rotário prevê a continuidade destas palestras.
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