O Governo de António Costa orgulha-se de ter posto fim à austeridade, mas continua a contar com o conforto de alguns dos impostos mais relevantes que foram implementados nos tempos da crise, durante o Executivo PSD/CDS. Ao todo, estas taxas vão render cerca de 930 milhões de euros em 2018.
Estes números são avançados pelo Expresso, que fez as contas aos impostos extraordinários que foram implementados nos tempos da crise, designadamente as contribuições adicionais sobre os sectores energético, bancário e farmacêutico, a derrama estadual, a taxa de segurança alimentar e a taxa adicional de solidariedade.
Tudo contado, o Governo de Costa vai “encaixar cerca de 930 milhões de euros” com estes impostos da austeridade em 2018, como sublinha o semanário.
Em 2017 e 2016, anos de Governo socialista, os cofres públicos amealharam mais de 2,6 mil milhões de euros com estas contribuições extraordinárias do tempo da Troika.
O Programa de Estabilidade para 2017-2020 prevê que “as contribuições extraordinárias sobre os sectores energético, bancário e farmacêutico rendam mais de 321 milhões de euros”, frisa o mesmo jornal.
No capítulo da energia, o Estado averbou 92,2 milhões de euros em 2016, e 40,2 milhões em 2017. Em 2018, o Executivo espera arrecadar 90 milhões de euros.
A contribuição extraordinária sobre o sector financeiro rendeu 205,1 milhões de euros em 2016 e 170,5 milhões de euros em 2017. Os Bancos devem contribuir em 2018 com 187 milhões de euros de impostos adicionais.
Já a indústria farmacêutica contribuiu com 27,6 milhões de euros de contribuições extraordinárias, nos últimos dois anos. E neste ano, o Governo conta amealhar mais 14 milhões de euros.
Ainda segundo números apurados pelo Expresso, a derrama estadual, um imposto exigido, desde 2010, às empresas com mais de 1,5 milhões de lucros tributáveis, rendeu 596 milhões de euros em 2016 e um valor aproximado em 2017. E o mesmo número se espera para 2018.
A taxa de segurança alimentar paga pelas grandes superfícies deverá fazer chegar aos cofres públicos 12,7 milhões de euros em 2018, depois de em 2017 ter contribuído com o mesmo valor e dos 15 milhões de 2016.
O Executivo também contou com o conforto da taxa adicional de solidariedade e com a sobretaxa de IRS, impostos extintos em 2017. No primeiro caso, foram contabilizados 12,7 milhões de euros em 2016, enquanto a sobretaxa de IRS rendeu 544 milhões de euros nesse ano.
Fonte: ZAP