O presidente do Sporting de Braga, António Salvador, também empresário da construção civil, não tem bens no seu nome, nem dinheiro, para saldar uma dívida de mais de 400 mil euros. Até a moradia onde vive está no nome de uma ex-funcionária.
O Jornal de Notícias (JN) aponta que o Tribunal de Famalicão ordenou a penhora da mobília da moradia onde António Salvador vive em Nogueiró, Braga, no âmbito de uma dívida de 438 mil euros ao empresário Domingos Correia, da construtora Europa Ar-Lindo.
Mas o agente de execução que se deslocou à habitação, para cumprir a ordem de penhora, não conseguiu fazê-lo, porque o filho de António Salvador, Diogo Rodrigues, alegou que a mobília da casa não pertenceria ao pai.
O agente de execução terá, assim, solicitado ao juiz que a próxima diligência, com vista à penhora dos bens móveis, seja “acompanhada por força policial“, nota o JN.
Sobre esta tentativa de penhora, uma fonte próxima de Salvador refere ao JN que foi uma acção “extemporânea”, notando que fez um pedido de prestação de caução e que a sua oposição à execução só vai ser julgada em Dezembro próximo.
A dívida reporta-se a “negócios conjuntos na construção em Moçambique”, como nota o jornal, apontando que Domingos Correia e António Salvador já foram sócios.
Certo é que o presidente do Sporting de Braga alega que não tem dinheiro, nem bens, móveis ou imóveis, para pagar os 438 mil euros em dívida, dos quais mais de 40 mil respeitam a juros.
Nem sequer a vivenda onde Salvador vive, uma moradia avaliada em 3 milhões de euros está no seu nome, segundo o JN. O imóvel foi propriedade da construtora Britalar, de que o presidente do Sp.Braga é o principal accionista, tendo depois sido vendido à sociedade Imagem Azul, S.A.. Esta empresa é detida por uma ex-funcionária de Salvador e administrada pelo seu filho.
O líder do Sp. Braga alega que arrendou a moradia com o respectivo recheio, assegurando também que não recebe qualquer salário no clube, nem na Britalar.
A construtora de Salvador entrou num Plano Especial de Revitalização em 2016, devido a dívidas de 45 milhões de euros, no sentido de evitar a extinção por falência.
Salvador argumenta, ainda, que não tem qualquer participação em outras empresas, depois de ter passado as acções que detinha num hotel e na ESSE, a ex-concessionária do estacionamento em Braga, para o filho.
Fonte: ZAP