Ontem o país foi abalado com a notícia de que teria sido travado um ataque terrorista na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Mas quem é o João, o aluno que queria matar o maior número de colegas possível? O João, é natural da aldeia da Lapa Furada, concelho da Batalha, e tem 18 anos. Foi aqui que viveu com a família até entrar na faculdade. Neste momento vivia nos Olivais, numa casa partilhada com outros estudantes.
Hoje ia ter um exame de programação e, seria durante a prova que planearia matar os colegas, com recurso a facas, a uma besta (arco e flecha), garrafas de gás e de gasolina. Todo o arsenal foi apreendido pela Polícia Judiciária, naquela que é a primeira tentativa, felizmente falhada de um ataque deste género no nosso país.
João é visto na sua terra natal como alguém que anda sempre sozinho, muito tímido. Teria sido vítima de bullying tanto na escola como agora na faculdade.
João gostava de videojogos e na internet procurava sites caracterizados por distribuírem conteúdos de extrema violência em particular vídeos de massacres em escolas norte-americanas.
Na dark web [parte da internet oculta dos utilizadores comuns, que só é acessível através do uso de configurações e softwares específicos], o aluno expôs as suas intenções de atacar os seus colegas na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Ainda são desconhecidas as razões que levaram João a querer cometer um ato como este. Num dos seus comunicados apenas diz que gostaria de saber qual era a sensação de matar alguém e que durante o ataque que estava a planear queria matar o maior número possível de pessoas.
O futuro é incerto e a sua pena irá depender do número de crimes pelos quais será acusado. Segundo a lei portuguesa, o crime de terrorismo é punido com pena de prisão de 2 a 10 anos, mas ele poderá ainda ser acusado do crime de posse de “arma de classe E” (categoria na qual se incluem os objetos encontrados pelas autoridades), punível com pena de prisão até 4 anos ou com pena de multa até 480 dias.
Fonte ligada ao processo disse entretanto à agência Lusa que o alerta para o atentado terrorista foi dado pelo FBI.