Fortemente afetados pela pandemia, os restaurantes e ginásios estão a preparar-se para reabrir com medidas excecionais de segurança. O setor da restauração já reuniu com o Governo e os ginásios aguardam luz verde do Executivo de António Costa.
A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) reuniu com o Governo para discutir as condições em que o setor de restaurantes e cafés pode voltar a abrir ao público. Na reunião, participou o primeiro-ministro António Costa, o ministro da Economia Pedro Siza Vieira, a secretária de Estado do Turismo Rita Marques e o secretário de Estado da Saúde António Sales.
De acordo com o semanário Expresso, a medição da temperatura corporal, dos trabalhadores e dos clientes, é uma das novas “regras de controlo de entrada” que os restaurantes preparam para o momento de reabertura.
O restaurantes terão de funcionar abaixo da capacidade e cumprir normas de distanciamento social entre as pessoas.
Uma das áreas críticas é a da limpeza e desinfeção. Os restaurantes ficarão sujeitos a vários requisitos desde a preparação e confeção de alimentos, serviço de mesa, self-service de comida e buffets, até às condições em que deverão decorrer as entregas de comida take away.
A AHRESP vincou ainda que será necessário que o Governo apoie o setor na compra de medidores de temperatura corporal, equipamentos de proteção individual e fardamento do pessoal.
As condições da reabertura também envolvem “apoios às empresas, particularmente no que diz respeito à manutenção dos postos de trabalho” e à definição de regras nas áreas da saúde, higiene e segurança para clientes, trabalhadores e instalações”.
A AHRESP preparou um “Guia de Boas Práticas”, detalhando as formas em que os restaurantes e cafés deverão funcionar no momento de reabertura ao nível de organização dos espaços, capacidade máxima, formação específica para trabalhadores e empresários.
O Guia de Boas Práticas vai ser validado pela ASAE, a Direção-Geral de Saúde, a Secretaria de Estado do Turismo e a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).
Ginásios preparados para reabrir
Os ginásios também se estão a preparar para reabrir e têm um pacote de medidas excecionais que aguarda luz verde do Governo.
“Não queremos reabrir sem ter regras de segurança, sabemos que o temos de fazer em condições muito excecionais, somos um setor responsável que tem a saúde como primado”, disse José Carlos Reis, presidente da Associação de Ginásios e Academias de Portugal (AGAP), citado pelo semanário Expresso.
As medidas passam por limitar a permanência dos utentes a uma hora, ter horários específicos para idosos, proibir exercícios a dois, reduzir as aulas de grupo a 45 minutos, salvaguardando espaço de quatro metros quadrados por cada pessoa e com intervalos para arejar e limpar o espaço.
Além disso, os ginásios pretendem baixar para metade a utilização de máquinas nas salas para exercícios de cardiofitness e musculação, pôr gel desinfetante à disposição dos utentes para o aplicarem nas máquinas, restringir os balneários à troca de roupa, interditando os duches e ter cacifos intercalados para as pessoas manterem distância.
A associação defende ainda que as receções dos ginásios devem ter proteções de acrílico ou vidro, além de marcas no chão a definir intervalos de distância que devem ser mantidos entre as pessoas.
Com os clientes confinados em casa, os ginásios viraram-se para as aulas à distância. Apesar de terem conseguido reter o grosso dos clientes com aulas online, os ginásios portugueses preveem este ano uma perda de 60% a 70% nas receitas.
Fonte: ZAP