Mário Cruz / Lusa
Rui Rio, Pedro Santana Lopes
Santana vai abandonar o Conselho Nacional. Três meses depois de paz no SD, os dois candidatos à liderança viram a sua colaboração chegar ao fim.
Foi através de uma carta que Pedro Santana Lopes informou o atual presidente do PSD, Rui Rio, e o presidente do Conselho Nacional da sua renúncia ao lugar de conselheiro nacional para que foi eleito em fevereiro deste ano, nas eleições presidenciais para a liderança do partido.
As razões evocadas por Santana são “razões pessoais e profissionais”. O ex-primeiro-ministro distancia-se explicitamente de leituras que possam dar a este gesto qualquer “significado político”, avança o Expresso, que garante existir “significado político”.
Um dos sinais de rutura citado pelo jornal são as declarações de Santana Lopes sobre a eutanásia. O ex-líder social-democrata escreveu, também no Expresso, que não aceita que “seja o PSD, por causa da liberdade de voto, a viabilizar o cumprimento de mais um ponto do acordo entre o PS e o BE”.
“Esta Assembleia não tem mandato popular para decidir sobre uma matéria tão relevante”, continuou. Rio declarou ser favorável à despenalização da eutanásia.
Depois das eleições, o líder do partido e o candidato acordaram apresentar uma lista conjunta ao Conselho Nacional, liderada por Santana Lopes, com representação dos dois lados de acordo com o resultado das diretas.
Agora, Santa renuncia a esse lugar. Segundo fonte próxima, “aquele espírito de pacificação entre Santana e Rio nunca teve consequência nem conteúdo“. Prova disso será o facto de vários nomes propostos por Santana a Rio para integrarem órgãos consultivos como o Instituto Sá Carneiro ou o Conselho Estratégico terem sido ignorados pela nova direção.
Fonte: ZAP