NOTA
Os Técnicos Superiores das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (TSDTs) vão juntar-se mais uma vez para preparar novas ações de luta. Decorridos 2 meses da última reunião do processo negocial da carreira dos TSDTs, o Governo continua sem apresentar novas propostas, conforme foi o compromisso assumido nessa reunião.
Os sindicatos da classe (STSS, SFP, SINDITE, e SINTAP) convocam agora uma série de plenários por todo o país, que serão o ponto de partida para mais uma ação nacional de luta, e a preparação de uma moção em que estejam vertidas as principais reivindicações da classe.
NOVAS GREVES E PROTESTOS ESTÃO EM CIMA DA MESA
Nem sucessivas greves e atos de protesto, nem a reconhecida injustiça de 18 anos sem revisão de carreiras, demovem o Governo que se recusa a apresentar propostas que vão de encontro à reivindicações dos profissionais.
Os TSDT comprometem-se assim a continuar a desencadear as ações de luta reivindicativas, em defesa de uma revisão da carreira que reponha a justiça e a equidade de tratamento com outras carreiras da Administração Pública e do Setor, do mesmo grau de complexidade e exigência habilitacional e profissional.
PLENÁRIOS AGENDADOS
LISBOA
12 de setembro, das 19h às 22h – Auditório da UGT – R. Vitorino Nemésio, 5 – Lisboa
COIMBRA
13 de setembro das 19h às 22h – Hotel D. Luís – Quinta da Várzea – Coimbra
PORTO
14 de setembro das 19h às 22h – Sindicato dos Professores Zona Norte – R. Costa Cabral, 1035 (a confirmar)
FARO/PORTIMÃO
21 de setembro das 18h às 21h (a confirmar)
Estão ainda a ser preparados plenários, com data e local a confirmar, em:
- Évora / Portalegre / Beja
- Guarda / Covilhã / Castelo Branco
- Vila Real / Chaves
- Bragança / Mirandela / Macedo Cavaleiros
- Viana do Castelo
- Santarém / Torres Novas / Caldas da Rainha / Torres Vedras
TSDT EXIGEM RESPEITO E JUSTIÇA TRADUZIDO EM SOLUÇÕES
Os TSDTs querem negociar as matérias não acordadas mas fundamentais, nomeadamente:
- o ajuste da tabela salarial, igualando-a a outras carreiras de igual exigência habilitacional e profissional
- a transição para as novas carreiras e progressão salarial
- o descongelamento de escalões e a contabilização do tempo de serviço
- a remuneração dos Diretores, Coordenadores e Sub-coordenadores
- a definição dos princípios do sistema de avaliação de desempenho a aplicar aos TSDTs
DISCRIMINAÇÃO DOS TSDTs PROLONGA HÁ 18 ANOS
Para o STSS a situação constituída pelo Governo não faz qualquer sentido, pois, se por um lado o processo negocial visa por fim a uma discriminação dos TSDTs que se prolonga há 18 anos, por outro lado os sindicatos têm demonstrado uma grande serenidade negocial, evitando especulações políticas que possam por em causa as negociações. Contudo, se do esforço de entendimento e negociação do STSS nada resultar, uma coisa fica clara: a responsabilidade do Governo é inequívoca, seja pelos eventuais efeitos de um conflito no normal funcionamento do SNS, seja da quebra de confiança nos compromissos deste.
CERCA DE 10 MIL PROFISSIONAIS EM EXERCÍCIO NOS
SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE QUEREM VER A CARREIRA REGULARIZADA
Os TSDTs são constituídos por 19 profissões e abrangem áreas como as análises clínicas, a radiologia, a fisioterapia, a farmácia, a cardiopneumologia, entre muitas outras, num total de cerca de 10 mil profissionais em exercício nos serviços públicos de saúde. Em caso de luta, recorrendo à greve, esta afetará praticamente todos os serviços de saúde, com especial incidência nos blocos operatórios, altas e internamentos hospitalares, diagnósticos diferenciados em todas as áreas de intervenção clínica, planos terapêuticos em curso, distribuição de medicamentos, prevenção em saúde, etc.